Muito boa noite!
Voltamos com mais uma capítulo da saga de Indiana Jones!
Ficha
técnica:
Indiana
Jones e a Última Cruzada
Título Original: Indiana Jones and
the Last Crusade
Ano de
Lançamento: 1989
País: EUA
Direção: Steven
Spielberg
Produção: Robert
Watts
Roteiro: Jeffrey
Boam, sobre uma história original por George Lucas e Menno Meyjes
Gênero: Aventura
Elenco: Harrison Ford, Sean Connery,
Denholm Elliott, Alison Doody, John Rhys-Davies, Julian Glover, Michael Byrne,
Kevork Malikyan, Robert Eddison, River Phoenix, Alex Hyde-White
Companhias
Produtoras: Lucasfilm Ltd.
Música: John
Williams
Distribuição:
Paramount Pictures
Nossa nota:
5/5
Enredo:
O filme
começa em 1912, onde um jovem Indiana Jones (River Phoenix) e um companheiro
escoteiro se afastam do grupo e encontram um grupo de ladrões de túmulos que
acabaram de achar a Cruz de Coronado. Indiana a rouba sob o pretexto de levá-la
a um museu. Os ladrões o perseguem até que alcança o trem de um circo, onde
continuam a persegui-lo. Lá adquire seu medo de cobras, se corta com um
chicote, e escapa para sua casa, onde seu ausente pai, professor Henry Jones
(Alex Hyde-White) não lhe dá atenção. O xerife chega e devolve a cruz aos
ladrões, que estavam a serviço do verdadeiro dono do artefato. Impressionado com
a bravura do jovem, o líder dos saqueadores lhe dá seu chapéu fedora. O filme
avança para 1938, onde Indy novamente tenta capturar a cruz, agora num navio na
costa portuguesa, dessa vez conseguindo. De volta à universidade, ele a entrega
ao curador do museu, Marcus Brody (Denholm Elliott). Depois de driblar seus
alunos e chegar a sua sala, Jones vê sobre sua mesa um pacote vindo de Veneza.
Ao sair pela janela, fugindo dos alunos, é abordado pelos homens de Walter
Donovan (Julian Glover), um aficionado por relíquias e arqueologia. Ele possui
uma pedra onde foram talhadas informações sobre a localização do Santo Graal, o
suposto cálice que Jesus Cristo usou na última ceia, e que foi enchido com seu
sangue durante a crucificação e confiado aos cuidados de José de Arimatéia, e
que supostamente daria a imortalidade a quem beber dele. Conta-se então uma
história onde, depois de ter ficado desaparecido por mil anos, o graal foi
encontrado por três irmãos cavaleiros da primeira cruzada. Dois deles voltaram
para a França, depois de 150 anos, sendo que um morreu no caminho. O
sobrevivente confiou tudo isso a um cardeal veneziano, que transcreveu tudo em
um manuscrito, que menciona duas indicações. Uma é a pedra, a outra está
sepultada com o cavaleiro, supostamente em Veneza. O professor Jones dedicou
sua vida buscando informações sobre o cálice, e Indiana descobre que ele
desapareceu após ter sido contratado por Donovan para descobrir sua
localização. Indiana então aceita a proposta de Donovan e vai com Marcus até Veneza,
de onde lhe mandaram o diário de seu pai, para encontrar Schneider, que estava
ajudando o prof. Jones antes dele sumir. Donovan lhe adverte a não confiar em
ninguém. Chegando lá, descobrem que Schneider é uma mulher, Dra. Elsa Schneider
(Alison Doody). Ela, Jones e Marcus vão até a biblioteca, onde encontram a
sepultura nas catacumbas subterrâneas. A seguir, Indiana e Elsa são perseguidos
pela Irmandade da Espada Cruciforme, uma sociedade secreta que tem protegido a
localização do Santo Graal há centenas de anos. O líder, Kazim (Kevork Malikyan)
lhes informa que o prof. Jones está prisioneiro em um castelo na fronteira
austro-alemã. Marcus conta a Jones que suspeita que o graal esteja na antiga
cidade de Alexandretta, hoje Iskenderum, de acordo com um mapa do diário. Jones
lhe entrega as páginas com o mapa e lhe pede para ir até lá encontrar seu amigo
Sallah (John Rhys-Davies), enquanto ele e Elsa vão até a Alemanha. Chegando lá,
encontra seu pai, o prof. Jones (Sean Connery), que está prisioneiro dos
nazistas. Eles querem o diário, pois sabem que lá estão as informações
necessárias para encontrar o graal. Prof. Jones enviou o diário ao filho para
que ficasse bem longe dos nazistas, mas estes sabem que Indiana está com ele.
Isso porque Elsa, que se revela uma aliada dos nazistas, contou a eles. Os
Jones são então levados como prisioneiros a Donovan, que, aliado aos nazistas,
era quem estava o tempo todo por trás de tudo. Ele e Elsa notam que o mapa foi
destacado do diário e entregue a Marcus. Marcus chega em Iskenderum e encontra
Sallah, mas acaba capturado pelos nazistas. Enquanto isso, o alto comando
alemão quer que Elsa vá a Berlim participar de um comício, levando o diário
consigo, e os Jones são deixados no castelo para morrer. Depois de muitos
contratempos, conseguem se livrar dos nazistas e escapar de moto para Berlim.
Chegando lá, Indy se disfarça de policial nazista para se infiltrar na
multidão. Ele consegue recuperar o diário, que estava com Elsa, e entre trancos
e barrancos, no meio das pessoas, acaba ficando cara a cara com Adolf Hitler,
que inclusive pega o diário, mas sem saber do que se trata, o autografa e
devolve a Indy. Os Jones então tentam ir embora de Berlim num dirigível de
passageiros, mas os nazistas descobrem a presença deles e revistam o veículo.
Resta aos dois escaparem em um avião salva-vidas, derrubando vários aviões
alemães que os perseguiam. Os dois encontram Sallah em Hatay, e vão para o
deserto, onde os nazistas já estão com seu tanque, levando Marcus consigo.
Depois de destruírem o carro de Sallah, os vilões são atacados pela Irmandade
da Espada Cruciforme, distração que permite a Indy e Sallah arranjarem
transporte, enquanto o prof. Jones vai tentar resgatar Marcus de dentro do
tanque, mas acaba capturado. Depois de uma brava luta contra o tanque nazista,
este cai penhasco abaixo, e o prof. Jones, Sallah e Marcus pensam que Indy está
morto, mas ele havia pulado antes. Os quatro então partem para o local onde o
graal está guardado, mas Donovan e Elsa chegam primeiro. Alguns tuaregues
tentam entrar no local para pegar o cálice, mas não conseguem passar por três
armadilhas fatais que o protegem, as quais podem ser transpassadas com as
pistas do diário do prof. Jones. Os heróis são capturados, e Donovan obriga
Indy a enfrentar as armadilhas atirando no prof. Jones. Se ele não trouxer o
graal, seu pai morrerá. Com as pistas do diário, ele chega até a câmara onde o
graal está, junto a vários outros. O local é guardado por um dos três
cavaleiros da primeira cruzada (Robert Eddison), que está vivo até hoje graças
aos poderes do cálice. Ele adverte Indy de que apenas um dos cálices dá a vida
eterna, os outros causarão a morte da pessoa que os consumir. Donovan e Elsa
entram na câmara, e esta entrega a Donovan um dos maiores e mais belos cálices.
Ele toma do seu conteúdo, e se desfaz em uma montanha de pó e ossos. Indy
escolhe então o cálice certo, mas o cavaleiro lhe diz que a imortalidade só
será concedida a quem beber, caso nunca mais saia de lá. Indy leva o cálice até
seu pai e este é curado. Elsa tenta levar o cálice para fora do templo, e um
grande terremoto acontece, abrindo profundas fendas no chão, e Elsa cai por uma
delas. Prof. Jones salva Indy de cair numa das fendas, se juntam a Marcus e
Sallah e deixam o lugar, certos de terem vivido a maior aventura de suas vidas.
Os quatro então montam nos cavalos e galopam em direção ao por-do-sol.
Desenvolvimento
e produção:
Desde que
apresentou suas ideias a Spielberg, em 1977, ele e George Lucas já tinham em
mente produzir uma trilogia com Indiana Jones. E depois da recepção mista do
público e da crítica a Indiana Jones e o
Templo da Perdição, decidiram neste terceiro filme retomar o “espírito
aventureiro” de Os Caçadores da Arca
Perdida. Lucas novamente sugere trabalhar a ideia de uma mansão assombrada,
mas isso não foi levado adiante. Depois, Lucas sugere usar o Santo Graal no
prólogo do filme, entendendo que o artefato tivesse origens pagãs, enquanto que
o restante do filme envolveria algum artefato “cristão” na África. Lucas
entrega então um esboço chamado Indiana
Jones and the Monkey King (Indiana Jones e o Rei Macaco), onde, depois de
derrotar fantasmas na Escócia, Jones partiria para a África encontrar a fonte
da juventude. O roteirista Chris Columbus escreveu roteiros para o filme, mas
soavam fantasiosos demais.
Como não gostou
de nenhuma dessas ideias, Spielberg chama o roteirista Menno Meyjes para
escrever um novo roteiro, envolvendo o santo graal e colocando o pai de Indiana
Jones na história. Várias ideias foram descartadas, como uma escada para o céu
se abrindo quando o cálice é tocado, uma noviça apaixonada por Indy, e até
lutas com demônios, sem contar um prólogo no México, onde Indiana Jones
tentaria capturar a máscara de Montezuma de um homem que cria gorilas. Um novo
roteirista, Jeffrey Boam, escreve um roteiro bem próximo do que seria
apresentado no filme, com a relação pai-filho sendo o foco principal do filme.
Entretanto, o roteiro só seria finalizado após ser reescrito por Tom Stoppard.
As filmagens ocorreram na Espanha, Inglaterra, Itália, Jordânia, Alemanha e nos
desertos dos EUA.
Com um
grande lucro nas bilheterias do mundo todo, o filme se tornou o terceiro mais
rentável da franquia, além de ter recebido críticas bastante positivas. O
segmento inicial inspirou a criação da série de TV O Jovem Indiana Jones (The Young Indiana Jones Chronicles). Além de
ter impulsionado o turismo na cidade de Petra, na Jordânia, que de alguns
poucos milhares de visitantes anuais passou para milhões após o lançamento do
filme. (Em breve, mais detalhes nessa seção)
Nossa
opinião:
Foi uma
escolha mais que acertada, depois de IndianaJones e o Templo da Perdição, fazerem um filme mais descontraído. Indiana Jones e a Última Cruzada
consegue com maestria resgatar o teor aventuresco que é tão característico de
Indiana Jones, mostrado em Os Caçadores da Arca Perdida, e que o segundo filme tinha passado bem longe. Aqui vemos os
personagens viajando para vários lugares, sequências de ação que prendem o
espectador, além de inúmeras tiradas cômicas que dão um charme todo especial ao
produto final. Muitos desses alívios cômicos foram sugestão de Sean Connery.
Também é o
filme mais completo, pois conta a origem de várias das características do
herói: seu medo de cobras, a cicatriz no queixo, o uso do chicote e o chapéu
fedora. A relação de Indiana com seu pai é o centro do filme, deixando a busca
pela relíquia quase que em total segundo plano. Apesar de Sean Connery ser
apenas doze anos mais velho que Harrison Ford, isso não prejudica em nada e
Connery convence bem com seu personagem.
Indiana
Jones continua o mesmo, sendo um herói mesmo sem ter super poderes. Essa
humanidade do personagem novamente é mostrada quando ele acaba tomando decisões
erradas (pra não dizer estúpidas) ou se metendo involuntariamente em situações
de alto risco. Por exemplo, quando dá de cara com Hitler e lhe entregando de
bandeja o diário de seu pai. Por sorte, o Füherer pensa se tratar de um livro
qualquer e ainda o autografa. Aqui vemos também uma maior participação de
Marcus Brody, interpretado por Denholm Elliott, principalmente em momentos
engraçados.
Outro
detalhe que chama atenção é não termos aqui uma mocinha “indefesa” como nos
outros filmes. A personagem de Alison Doody fica o tempo todo “em cima do
muro”, primeiro se aliando a Jones, pra então se mostrar aliada aos nazistas,
para no fim trai-los. Por sinal, os vilões aqui condizem muito mais com a
realidade do que os nazistas do primeiro filme, que pareciam bem mais
caricatos.
O final
quase poético do filme, com os quatro personagens cavalgando, foi pensado para
ser um fechamento digno da franquia. Porém, além de uma série de TV mostrando a
infância e juventude de Indiana Jones, um novo filme foi lançado em 2008.
Porém, isso é assunto para os próximos posts!
Fique agora
com algumas imagens!
Pôster original de cinema |
Fotos de bastidores:
Críticas e
análises:
Eu achei um bom filme. Adorei esta história, por que além do bom roteiro, realmente teve um elenco decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. Eu penso que é um dos melhores filmes de Steven Spielberg. Eu também li na filme The Post a Guerra Secreta critica que o seu último filme foi bom. Se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo. Já estou esperando o seu próximo projeto, seguro será um sucesso.
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