Muito boa noite!
Hoje veremos o segundo episódio da franquia Alien!
Ficha
técnica:
Aliens – O
Resgate
Título
Original: Aliens
Ano de
Lançamento: 1986
País: EUA
Direção: James
Cameron
Produção: Gale
Anne Hurd
Produção
Executiva: Gordon Carroll, David Giller, Walter Hill
Roteiro: James
Cameron, David Giller e Walter Hill
Gênero: Ficção
Científica, Terror
Elenco: Sigourney Weaver, Michael
Biehn, Paul Reiser, Lance Henriksen, Carrie Henn, Bill Paxton, William Hope,
Jenette Goldstein, Al Matthews
Orçamento:
US$18.000.000,00
Receita: US$131.000.000,00
Companhias
Produtoras: Brandywine Productions
Música: James
Horner
Distribuição:
20th Century Fox
Nossa nota: 5/5
Enredo:
Cinquenta e sete anos depois dos eventos do primeiro filme,
Ripley (Sigourney Weaver) é encontrada por uma equipe de resgate da Companhia (que
tem seu nome revelado, Weyland-Yutani Corporation) em animação suspensa junto
com seu gato. Ao ser resgatada, é informada disso por um representante da
empresa, Carter Burke (Paul Reiser), além de que sua filha já morreu há dois
anos, com a idade de 66 anos. Ripley passa por um interrogatório pelos
executivos da companhia, que revogam sua licença de pilotagem, por considerarem
suas declarações sobre os eventos passados como mero delírio, ao passo de que
ela fica sabendo que o planetoide LV-426, onde a Nostromo havia descido, é
agora colonizado por humanos. Passam-se os dias, até que Burke vai ao encontro
de Ripley e lhe conta que a comunicação com o planetoide foi perdida, e um
destacamento militar de resgate será enviado para lá. Ele propõe a Ripley que
vá junto como uma espécie de consultora, algo que ela recusa sem pensar. Porém,
reconsidera depois de se certificar que a expedição será de extermínio das
criaturas, e não para estudá-las. Quando a nave Sulaco chega no planetoide, a
tripulação acorda. Somos então apresentados aos fuzileiros que foram até lá
para o resgate: o tenente Gorman (William Hope), o sargento Apone (Al Matthews),
o cabo Hicks (Michael Biehn), o cadete Hudson (Bill Paxton), a atiradora
Vasquez (Jenette Goldstein) e o androide Bishop (Lance Henriksen), que serve
como auxiliar administrativo. Este último, inicialmente, causa repulsa em
Ripley devido a suas experiências ruins com Ash a bordo da Nostromo. Bishop,
porém, relata que Ash era de uma geração anterior de sintéticos, que não
possuía inibidores de comportamento. Prontos para combater o “xenomorfo”, como
a criatura é conhecida, o pelotão desce no planeta em uma nave auxiliar, de
onde saem em um tanque. Os fuzileiros encontram um ambiente lúgubre e deserto,
aparentemente sem sobreviventes. Ao entrarem em uma estação, encontram
abraçadores (as criaturas que “abraçam” a cabeça das vítimas para implantar os
embriões) vivos em tubos num laboratório, além de encontrarem a menina Newt
(Carrie Henn), a única sobrevivente dos ataques dos xenomorfos, cuja família
foi morta pelas criaturas. Sinais de vida são detectados no subsolo do lugar,
onde os fuzileiros descem equipados com câmeras, em busca de sobreviventes. No
lugar, que está todo recoberto de secreções das criaturas, são encontrados
sobreviventes com embriões incubados, e em seguida um verdadeiro exército de
xenomorfos ataca os fuzileiros, fazendo Ripley reviver suas lembranças. O
inexperiente Gorman, que estava comandando a operação, entra em pânico e fica
sem saber o que fazer, ao que Ripley toma o controle do tanque e o leva aos
trancos e barrancos para a saída das câmaras para resgatar Hicks, Hudson e
Vasquez. Hicks manda que preparem a nave auxiliar para partirem de lá, mas a
piloto é morta por um xenomorfo e a nave cai no planeta, explodindo em seguida,
deixando Ripley, Hicks, Newt, Burke, Hudson, Vasquez, Bishop e Gorman isolados.
Abrigados no centro de comando da colônia, a tropa está quase sem armamento,
tendo que se virar como podem, já que a noite caiu e é nessa hora que os
xenomorfos costumam atacar. Ripley coloca Newt para dormir no laboratório,
deixando seu instinto materno falar mais alto. Através de Bishop, Ripley
descobre que Burke quer os dois abraçadores vivos para serem levados para a
Companhia. Ao ser questionado por Ripley, Burke diz que os espécimes poderiam
ser usados como armas. Porém, Ripley diz que vai delatá-lo, já que os diários
da colônia mostram que Burke mandou os colonos para lá deliberadamente, para
investigarem a mesma nave encontrada pela Nostromo, causando assim a morte de
todos eles. Em meio a tudo isso, a ventilação de emergência está a ponto de
explodir com uma força de 40 megatons. Bishop decide ir até a torre de
comunicação da colônia e chamar uma outra nave auxiliar para tirá-los de lá, ao
passo de que os xenomorfos continuam avançando em direção dos sobreviventes.
Ripley vai ver como Newt está, mas acaba adormecendo com ela. Quando as duas
acordam, se veem trancadas no laboratório com os abraçadores soltos. Elas
ativam o alarme de incêndio, ao que Hicks e os outros chegam bem a tempo de
impedir que Ripley seja incubada pela criatura. Sabendo que Burke foi o
responsável, Ripley o acusa diante dos demais, e quando decidem matá-lo, os
xenomorfos cortam a energia e invadem a sala pelo teto. Burke se tranca em uma
sala, deixando os outros à mercê das criaturas, mas acaba morto por uma delas.
Hudson é capturado, enquanto os outros fogem pelos tubos de ventilação, os
quais Newt conhece muito bem. Bishop avisa que a nave auxiliar está a caminho.
Enquanto Ripley, Newt e Hicks chegam à saída dos tubos, Vasquez e Gorman são
capturados. Newt cai em outro tubo e é capturada por um xenomorfo. Ripley se
desespera, mas Hicks a tira de lá para irem embora, se ferindo com o ácido de
uma das criaturas. Depois de deixar Hicks em segurança, Ripley decide voltar e
encontrar Newt, apesar do pouco tempo até o planeta explodir. Antes de partir,
Hicks e Ripley apresentam seus nomes: Hicks se chama Dwayne; Ripley se chama
Ellen. Ela então se infiltra no ninho das criaturas, marcando o caminho, até
que encontra a menina. Porém, ao voltarem, dão de cara com a enorme rainha das
criaturas, em plena postura de ovos. Ripley ateia fogo no lugar, e a rainha vai
atrás dela e de Newt. As duas conseguem entrar na nave, que parte de lá,
deixando o planetoide para trás, que explode. A nave auxiliar pousa na nave
Sulaco. Tudo parece bem, mas Bishop é atacado pela rainha alien, que veio
agarrada à nave, e o parte ao meio. Ripley usa um dos robôs de transporte para
derrubar a criatura até a câmara de vácuo para expulsá-la ao espaço, mas é
derrubada também. Ripley abre a câmara, expulsando a rainha, enquanto Bishop,
mesmo partido ao meio, salva Newt de cair no espaço. Ripley põe Hicks, Bishop e
Newt em animação suspensa, e todos voltam em segurança pra casa.
Desenvolvimento
e produção:
Tão logo Alien se provou um sucesso de público e
crítica, a Brandywine Productions decidiu produzir uma sequência o mais rápido
possível, tendo o aval da Fox. Porém, o estúdio foi vendido nesse meio tempo e
os novos donos não estavam interessados em continuar com a franquia, alegando
inclusive que o novo filme seria muito caro. David Giler, Gordon Carroll e
Walter Hill – os donos da Brandywine Productions – processaram a Fox por não
desembolsar os lucros do primeiro filme. Em 1983, com o processo resolvido,
novos executivos estavam administrando a Fox e se interessaram por uma
sequência.
Enquanto um
roteirista era procurado para escrever o filme, o produtor Larry Wilson teve
acesso ao roteiro de O Exterminador do
Futuro, escrito por James Cameron, e o mostrou a Giler, que sentia que
Cameron era o cara certo para dirigir o novo filme. No período, Cameron, um fã
confesso de Alien, estava concluindo
a pré-produção de Exterminador, e
assim escreveu em quatro dias um esboço para Alien 2, mas este foi rejeitado pelo estúdio. Com o atraso nas
gravações de Exterminador, Cameron
pode trabalhar com mais calma em um roteiro mais elaborado, que impressionou os
executivos da Fox. O produtor Larry Gordon lhe prometera que, caso O Exterminador do Futuro fosse um
sucesso, ele poderia dirigir Alien 2.
Cameron e a produtora Gale Anne Hurd receberam então sinal verde para começar a
produção do novo filme, previsto para 1986. Cameron não quis seguir a mesma
fórmula do primeiro filme, procurando focar mais na ação do que no terror.
Sigourney
Weaver só aceitou voltar para sua personagem depois de conhecer Cameron e
também o roteiro do filme. A Fox, porém, não quis contratá-la, já que ela
exigia um cachê maior que o que recebera pelo filme anterior. A Fox chegou a
pedir que Cameron reescrevesse o roteiro excluindo Ripley, mas o diretor
recusou. Diante da insistência dele, Weaver foi contratada por um milhão de
dólares – trinta vezes mais do que ela recebeu por sua atuação em Alien. Cameron se inspirou nos eventos
da Guerra do Vietnã para compor o clima do filme: um exército confiante em uma
vitória aparentemente certa se defronta com um exército menos tecnologicamente
preparado, mas muito mais determinado.
Aliens foi filmado em Londres, no
Pinewood Studios, durante dez meses. No começo, as filmagens foram bastante
conturbadas, com a equipe de produção, que havia trabalhado com Ridley Scott no
primeiro filme, subestimando Cameron por causa da pouca idade e experiência.
Porém, os conflitos foram resolvidos em seguida.
As roupas
dos aliens eram bem mais flexíveis que a usada no primeiro filme, já que aqui a
ação exigia bem mais movimentos. Para filmar a colônia do planetoide, foram
usadas miniaturas. As cenas mais difíceis eram as que envolviam a rainha alien,
que precisava de quatorze pessoas para mover a enorme fantasia. Outra grande
dificuldade foi movimentar o exoesqueleto robótico usado por Ripley, que
precisou do apoio de fios que estavam fora do alcance das câmeras. O estúdio de
Stan Winston criou os abraçadores e a rainha.
Aliens teve uma recepção altamente
positiva da crítica, que o considerou superior ao seu antecessor. Com um
orçamento modesto de 18 milhões de dólares, angariou uma receita mundial de
mais de 180 milhões. Foi nomeado para sete categorias do Oscar, ganhando em
duas (efeitos visuais e edição de som).
Nossa
opinião:
Não há
palavras suficientes para descrever o excelente trabalho encabeçado por James
Cameron nesse filme – que vem a ser uma amostra de como o diretor é merecedor
dos bilhões que seus filmes arrecadam. Sequência direta de Alien – O Oitavo Passageiro, Aliens
– O Resgate é considerado por muitos críticos como sendo até mesmo superior
ao primeiro filme, o que é justificável. Apesar de começar do ponto onde o
longa dirigido por Ridley Scott parou, ele não se contenta somente em continuar
a história, mas ele a complementa, a enriquece. Tanto que o tom do filme muda,
focando-se agora muito mais na ação.
A mão pesada
de James Cameron se faz bastante presente, basta ver a atenção que é dedicada a
cada detalhe da produção. Esse perfil controlador de Cameron, porém, acabou
causando alguns contratempos, como membros da equipe se demitindo por terem
entrado em atrito com ele.
Outro
detalhe que chama a atenção é a versão do diretor, lançada em home video alguns anos depois do
lançamento do filme nos cinemas. Ela contém 17 minutos de cenas que foram
excluídas da versão de cinema, já que o filme ficaria longo demais. Essa
exclusão de cenas, porém, deixou Sigourney Weaver indignada, já que algumas
dessas cenas tinham uma forte carga dramática com a personagem Ripley (uma
dessas cenas mostrava Ripley descobrindo que sua filha já morreu há dois anos,
já idosa, o que explica o instinto materno dela em relação a Newt). Porém, isso
não foi obstáculo para que Weaver fosse indicada ao Oscar de melhor atriz.
Aliens – O Resgate conseguiu ser um dos
melhores filmes de ficção científica da história, sem exageros. Conseguiu com
maestria continuar uma história já estabelecida, seguindo as pistas deixadas
pelo filme anterior, e não se resumiu a uma repetição descarada de eventos. Até
o momento em que escrevo esse tópico, ainda não vi os demais filmes da
franquia. É certo que nenhum deles chegará aos pés dos dois primeiros, mas não
creio que sejam ruins. Espero não me decepcionar.
Pôster original de cinema |
Fotos de bastidores:
Sigourney Weaver, James Cameron e Gale Anne Hurd na première do filme |
O diretor James Cameron |
Página na Wikipedia (em inglês)
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