terça-feira, 27 de junho de 2017

INDIANA JONES E A ÚLTIMA CRUZADA (1989)


Muito boa noite!

Voltamos com mais uma capítulo da saga de Indiana Jones!

Ficha técnica:
Indiana Jones e a Última Cruzada
Título Original: Indiana Jones and the Last Crusade
Ano de Lançamento: 1989
País: EUA
Direção: Steven Spielberg
Produção: Robert Watts
Roteiro: Jeffrey Boam, sobre uma história original por George Lucas e Menno Meyjes
Gênero: Aventura
Elenco: Harrison Ford, Sean Connery, Denholm Elliott, Alison Doody, John Rhys-Davies, Julian Glover, Michael Byrne, Kevork Malikyan, Robert Eddison, River Phoenix, Alex Hyde-White
Companhias Produtoras: Lucasfilm Ltd.
Música: John Williams
Distribuição: Paramount Pictures

Nossa nota: 5/5

Enredo:
O filme começa em 1912, onde um jovem Indiana Jones (River Phoenix) e um companheiro escoteiro se afastam do grupo e encontram um grupo de ladrões de túmulos que acabaram de achar a Cruz de Coronado. Indiana a rouba sob o pretexto de levá-la a um museu. Os ladrões o perseguem até que alcança o trem de um circo, onde continuam a persegui-lo. Lá adquire seu medo de cobras, se corta com um chicote, e escapa para sua casa, onde seu ausente pai, professor Henry Jones (Alex Hyde-White) não lhe dá atenção. O xerife chega e devolve a cruz aos ladrões, que estavam a serviço do verdadeiro dono do artefato. Impressionado com a bravura do jovem, o líder dos saqueadores lhe dá seu chapéu fedora. O filme avança para 1938, onde Indy novamente tenta capturar a cruz, agora num navio na costa portuguesa, dessa vez conseguindo. De volta à universidade, ele a entrega ao curador do museu, Marcus Brody (Denholm Elliott). Depois de driblar seus alunos e chegar a sua sala, Jones vê sobre sua mesa um pacote vindo de Veneza. Ao sair pela janela, fugindo dos alunos, é abordado pelos homens de Walter Donovan (Julian Glover), um aficionado por relíquias e arqueologia. Ele possui uma pedra onde foram talhadas informações sobre a localização do Santo Graal, o suposto cálice que Jesus Cristo usou na última ceia, e que foi enchido com seu sangue durante a crucificação e confiado aos cuidados de José de Arimatéia, e que supostamente daria a imortalidade a quem beber dele. Conta-se então uma história onde, depois de ter ficado desaparecido por mil anos, o graal foi encontrado por três irmãos cavaleiros da primeira cruzada. Dois deles voltaram para a França, depois de 150 anos, sendo que um morreu no caminho. O sobrevivente confiou tudo isso a um cardeal veneziano, que transcreveu tudo em um manuscrito, que menciona duas indicações. Uma é a pedra, a outra está sepultada com o cavaleiro, supostamente em Veneza. O professor Jones dedicou sua vida buscando informações sobre o cálice, e Indiana descobre que ele desapareceu após ter sido contratado por Donovan para descobrir sua localização. Indiana então aceita a proposta de Donovan e vai com Marcus até Veneza, de onde lhe mandaram o diário de seu pai, para encontrar Schneider, que estava ajudando o prof. Jones antes dele sumir. Donovan lhe adverte a não confiar em ninguém. Chegando lá, descobrem que Schneider é uma mulher, Dra. Elsa Schneider (Alison Doody). Ela, Jones e Marcus vão até a biblioteca, onde encontram a sepultura nas catacumbas subterrâneas. A seguir, Indiana e Elsa são perseguidos pela Irmandade da Espada Cruciforme, uma sociedade secreta que tem protegido a localização do Santo Graal há centenas de anos. O líder, Kazim (Kevork Malikyan) lhes informa que o prof. Jones está prisioneiro em um castelo na fronteira austro-alemã. Marcus conta a Jones que suspeita que o graal esteja na antiga cidade de Alexandretta, hoje Iskenderum, de acordo com um mapa do diário. Jones lhe entrega as páginas com o mapa e lhe pede para ir até lá encontrar seu amigo Sallah (John Rhys-Davies), enquanto ele e Elsa vão até a Alemanha. Chegando lá, encontra seu pai, o prof. Jones (Sean Connery), que está prisioneiro dos nazistas. Eles querem o diário, pois sabem que lá estão as informações necessárias para encontrar o graal. Prof. Jones enviou o diário ao filho para que ficasse bem longe dos nazistas, mas estes sabem que Indiana está com ele. Isso porque Elsa, que se revela uma aliada dos nazistas, contou a eles. Os Jones são então levados como prisioneiros a Donovan, que, aliado aos nazistas, era quem estava o tempo todo por trás de tudo. Ele e Elsa notam que o mapa foi destacado do diário e entregue a Marcus. Marcus chega em Iskenderum e encontra Sallah, mas acaba capturado pelos nazistas. Enquanto isso, o alto comando alemão quer que Elsa vá a Berlim participar de um comício, levando o diário consigo, e os Jones são deixados no castelo para morrer. Depois de muitos contratempos, conseguem se livrar dos nazistas e escapar de moto para Berlim. Chegando lá, Indy se disfarça de policial nazista para se infiltrar na multidão. Ele consegue recuperar o diário, que estava com Elsa, e entre trancos e barrancos, no meio das pessoas, acaba ficando cara a cara com Adolf Hitler, que inclusive pega o diário, mas sem saber do que se trata, o autografa e devolve a Indy. Os Jones então tentam ir embora de Berlim num dirigível de passageiros, mas os nazistas descobrem a presença deles e revistam o veículo. Resta aos dois escaparem em um avião salva-vidas, derrubando vários aviões alemães que os perseguiam. Os dois encontram Sallah em Hatay, e vão para o deserto, onde os nazistas já estão com seu tanque, levando Marcus consigo. Depois de destruírem o carro de Sallah, os vilões são atacados pela Irmandade da Espada Cruciforme, distração que permite a Indy e Sallah arranjarem transporte, enquanto o prof. Jones vai tentar resgatar Marcus de dentro do tanque, mas acaba capturado. Depois de uma brava luta contra o tanque nazista, este cai penhasco abaixo, e o prof. Jones, Sallah e Marcus pensam que Indy está morto, mas ele havia pulado antes. Os quatro então partem para o local onde o graal está guardado, mas Donovan e Elsa chegam primeiro. Alguns tuaregues tentam entrar no local para pegar o cálice, mas não conseguem passar por três armadilhas fatais que o protegem, as quais podem ser transpassadas com as pistas do diário do prof. Jones. Os heróis são capturados, e Donovan obriga Indy a enfrentar as armadilhas atirando no prof. Jones. Se ele não trouxer o graal, seu pai morrerá. Com as pistas do diário, ele chega até a câmara onde o graal está, junto a vários outros. O local é guardado por um dos três cavaleiros da primeira cruzada (Robert Eddison), que está vivo até hoje graças aos poderes do cálice. Ele adverte Indy de que apenas um dos cálices dá a vida eterna, os outros causarão a morte da pessoa que os consumir. Donovan e Elsa entram na câmara, e esta entrega a Donovan um dos maiores e mais belos cálices. Ele toma do seu conteúdo, e se desfaz em uma montanha de pó e ossos. Indy escolhe então o cálice certo, mas o cavaleiro lhe diz que a imortalidade só será concedida a quem beber, caso nunca mais saia de lá. Indy leva o cálice até seu pai e este é curado. Elsa tenta levar o cálice para fora do templo, e um grande terremoto acontece, abrindo profundas fendas no chão, e Elsa cai por uma delas. Prof. Jones salva Indy de cair numa das fendas, se juntam a Marcus e Sallah e deixam o lugar, certos de terem vivido a maior aventura de suas vidas. Os quatro então montam nos cavalos e galopam em direção ao por-do-sol.

Desenvolvimento e produção:
Desde que apresentou suas ideias a Spielberg, em 1977, ele e George Lucas já tinham em mente produzir uma trilogia com Indiana Jones. E depois da recepção mista do público e da crítica a Indiana Jones e o Templo da Perdição, decidiram neste terceiro filme retomar o “espírito aventureiro” de Os Caçadores da Arca Perdida. Lucas novamente sugere trabalhar a ideia de uma mansão assombrada, mas isso não foi levado adiante. Depois, Lucas sugere usar o Santo Graal no prólogo do filme, entendendo que o artefato tivesse origens pagãs, enquanto que o restante do filme envolveria algum artefato “cristão” na África. Lucas entrega então um esboço chamado Indiana Jones and the Monkey King (Indiana Jones e o Rei Macaco), onde, depois de derrotar fantasmas na Escócia, Jones partiria para a África encontrar a fonte da juventude. O roteirista Chris Columbus escreveu roteiros para o filme, mas soavam fantasiosos demais.
Como não gostou de nenhuma dessas ideias, Spielberg chama o roteirista Menno Meyjes para escrever um novo roteiro, envolvendo o santo graal e colocando o pai de Indiana Jones na história. Várias ideias foram descartadas, como uma escada para o céu se abrindo quando o cálice é tocado, uma noviça apaixonada por Indy, e até lutas com demônios, sem contar um prólogo no México, onde Indiana Jones tentaria capturar a máscara de Montezuma de um homem que cria gorilas. Um novo roteirista, Jeffrey Boam, escreve um roteiro bem próximo do que seria apresentado no filme, com a relação pai-filho sendo o foco principal do filme. Entretanto, o roteiro só seria finalizado após ser reescrito por Tom Stoppard. As filmagens ocorreram na Espanha, Inglaterra, Itália, Jordânia, Alemanha e nos desertos dos EUA.
Com um grande lucro nas bilheterias do mundo todo, o filme se tornou o terceiro mais rentável da franquia, além de ter recebido críticas bastante positivas. O segmento inicial inspirou a criação da série de TV O Jovem Indiana Jones (The Young Indiana Jones Chronicles). Além de ter impulsionado o turismo na cidade de Petra, na Jordânia, que de alguns poucos milhares de visitantes anuais passou para milhões após o lançamento do filme. (Em breve, mais detalhes nessa seção)

Nossa opinião:
Foi uma escolha mais que acertada, depois de IndianaJones e o Templo da Perdição, fazerem um filme mais descontraído. Indiana Jones e a Última Cruzada consegue com maestria resgatar o teor aventuresco que é tão característico de Indiana Jones, mostrado em Os Caçadores da Arca Perdida, e que o segundo filme tinha passado bem longe. Aqui vemos os personagens viajando para vários lugares, sequências de ação que prendem o espectador, além de inúmeras tiradas cômicas que dão um charme todo especial ao produto final. Muitos desses alívios cômicos foram sugestão de Sean Connery.
Também é o filme mais completo, pois conta a origem de várias das características do herói: seu medo de cobras, a cicatriz no queixo, o uso do chicote e o chapéu fedora. A relação de Indiana com seu pai é o centro do filme, deixando a busca pela relíquia quase que em total segundo plano. Apesar de Sean Connery ser apenas doze anos mais velho que Harrison Ford, isso não prejudica em nada e Connery convence bem com seu personagem.
Indiana Jones continua o mesmo, sendo um herói mesmo sem ter super poderes. Essa humanidade do personagem novamente é mostrada quando ele acaba tomando decisões erradas (pra não dizer estúpidas) ou se metendo involuntariamente em situações de alto risco. Por exemplo, quando dá de cara com Hitler e lhe entregando de bandeja o diário de seu pai. Por sorte, o Füherer pensa se tratar de um livro qualquer e ainda o autografa. Aqui vemos também uma maior participação de Marcus Brody, interpretado por Denholm Elliott, principalmente em momentos engraçados.
Outro detalhe que chama atenção é não termos aqui uma mocinha “indefesa” como nos outros filmes. A personagem de Alison Doody fica o tempo todo “em cima do muro”, primeiro se aliando a Jones, pra então se mostrar aliada aos nazistas, para no fim trai-los. Por sinal, os vilões aqui condizem muito mais com a realidade do que os nazistas do primeiro filme, que pareciam bem mais caricatos.
O final quase poético do filme, com os quatro personagens cavalgando, foi pensado para ser um fechamento digno da franquia. Porém, além de uma série de TV mostrando a infância e juventude de Indiana Jones, um novo filme foi lançado em 2008. Porém, isso é assunto para os próximos posts!


Fique agora com algumas imagens!

































































































































Pôster original de cinema



Fotos de bastidores:





























Críticas e análises: