terça-feira, 6 de junho de 2017

INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO (1984)


Muito boa noite!

O arqueólogo aventureiro volta em mais uma aventura: Indiana Jones e o Templo da Perdição!

Ficha técnica:
Indiana Jones e o Templo da Perdição
Título Original: Indiana Jones and the Temple of Doom
Ano de Lançamento: 1984
País: EUA
Direção: Steven Spielberg
Produção: Robert Watts
Roteiro: Willard Huyck e Gloria Katz sobre uma história original de George Lucas
Gênero: Aventura
Elenco: Harrison Ford, Kate Capshaw, Amrish Puri, Ke Huy Quan, Roshan Seth, Phillip Stone, Roy Chiao, Raj Singh
Companhias Produtoras: Lucasfilm Ltd.
Música: John Williams
Distribuição: Paramount Pictures

Nossa nota: 5/5

Enredo:
Xangai, 1935. Indiana Jones (Harrison Ford) escapa do mafioso Lao Che (Roy Chiao) com a ajuda de seu pupilo Shorty Round (Ke Huy Quan) e da cantora Willie Scott (Kate Capshaw). O trio foge de Xangai em um avião cargueiro, que, sem eles saberem, pertence a Lao Che. No meio do voo, sobrevoando o Himalaia, os pilotos abandonam a aeronave. Jones, Shorty e Willie, sem saída, pulam do avião usando um bote salva-vidas. Os três são levados por uma correnteza até a Índia, onde são acolhidos por uma pobre tribo local. Os habitantes de lá estão tristes, pois estão com escassez de alimento, além disso, creem que sua sivalinga, uma pedra sagrada, e suas crianças, foram roubadas por forças do mal vindas do Palácio Pankot. O ancião da tribo então convoca Jones para ir até o palácio e trazer a sivalinga de volta pois, segundo eles, foi o deus Shiva quem os trouxe dos céus para recuperar a pedra. Antes de partirem, um menino consegue voltar para a aldeia, e dá a Jones um pedaço de tapeçaria, o que o faz supor que os ladrões da pedra pensam que ela faz parte das cinco pedras perdidas de Sankara que, quando reunidas, trarão glórias e riqueza sem fim a quem as possuir. Ao chegarem ao palácio, são calorosamente recebidos pelo primeiro-ministro, Chattar Lal (Roshan Seth), e lá podem tomar banho e vestir roupas limpas, bem como passarem a noite. Lá encontram também o capitão Philip Blumburtt (Philip Stone), um militar britânico realizando uma “inspeção de rotina” na região. Durante um jantar oferecido pelo jovem marajá, Zalim Singh (Raj Singh), com pratos bizarros como insetos fritos e sopas de olhos, Jones e Blumburtt questionam o primeiro-ministro a respeito do passado do palácio, envolvendo a fraternidade sectária dos Thugs, um grupo de ladrões e assassinos que venerava a deusa Kali com rituais de sacrifícios humanos. Jones também fala a respeito do roubo da sivalinga, o que deixa o primeiro-ministro e o marajá bastante incomodados. Depois do jantar, Jones e Willie discutem, sem porém conseguirem disfarçar a atração um pelo outro. Cada um em seu quarto, enquanto se faziam de difíceis, esperando quem dos dois vai tomar a iniciativa de passarem a noite juntos, Jones sofre uma tentativa de assassinato, e teme pela vida de Willie. No quarto dela, nossos heróis encontram uma passagem secreta que leva a uma série de túneis, cheios de armadilhas mortais. Os três chegam até um templo subterrâneo, onde era realizado um culto thug em honra à deusa Kali, liderado pelo sacerdote Mola Ram (Amrish Puri). Durante a diabólica cerimônia, um homem tem seu coração arrancado por Mola Ram com suas próprias mãos, e depois é abaixado por um poço de lava fervente. Depois que o lugar estava vazio, Jones desce até o altar, onde não apenas a sivalinga da aldeia estava, mas também outras duas pedras iguais, provando que elas são sim as pedras de Sankara. Além de pegar as pedras, Jones vai mais a fundo dentro do templo, enquanto Willie e Shorty são capturados pelos thugs. Lá dentro, Jones descobre que as crianças da aldeia são forçadas a trabalhar numa mina à procura das outras duas pedras que, segundo a explicação de Mola Ram, quando os thugs as possuírem, dominarão o mundo, acabando com todas as demais crenças e entronizando Kali como divinidade absoluta. Jones é capturado e forçado a beber o sangue de Kali, ficando em transe e à serviço dos thugs, assim como o jovem marajá também foi enfeitiçado. Mais tarde, em um novo ritual de sacrifício, Willie é colocada para ser sacrificada, e só escapa porque Shorty quebra o feitiço de Jones, o queimando. Depois de libertarem as crianças da escravidão, Jones luta contra um dos líderes da mina, mas tem dificuldades para isso, já que o marajá tem em mãos um boneco vodu de Jones. Depois de ser libertado do feitiço por Shorty, o marajá lhes indica o caminho para a saída. Eles fogem pelos carros de carga da mina, com os thugs em seu encalço, mas pegam o caminho errado. Quando conseguem sair, tentam atravessar uma longa ponte sobre um rio, mas Jones acaba cercado pelos thugs. Ele corta o suporte da ponte, e trava uma batalha com Mola Ram, que acaba caindo no rio, junto com duas das pedras, e sendo devorado por crocodilos. A seguir, o marajá chega com o capitão Blumburtt e sua tropa, salvando Jones, Willie e Shorty. Os três vão para a aldeia e devolvem a sivalinga ao seu devido lugar, trazendo novamente a felicidade para a tribo.


Desenvolvimento e produção:
Quando Lucas e Spielberg produziram Os Caçadores da Arca Perdida, os dois tinham em mente a ideia de gravar uma trilogia, e para isso precisavam de novas histórias. Para que os nazistas não fossem novamente os vilões, Lucas situou a história um ano antes do filme anterior, em 1935. Várias ideias foram levadas em consideração, inclusive trazer novamente Marion Ravenwood e possivelmente seu pai, Abner Ravenwood, como um personagem. Como cena de abertura, Lucas imaginou Indiana Jones correndo de motocicleta sobre a Muralha da China, após ter descoberto um vale perdido habitado por dinossauros, mas o governo chinês não permitiu que isso fosse feito. Outra ideia versava sobre um castelo assombrado na Escócia, mas Spielberg rejeitou por ser semelhante a Poltergeist, dirigido por ele no mesmo ano. Aos poucos, o castelo assombrado transformou-se num templo demoníaco na Índia. O roteirista Lawrence Kasdan recusou a oferta para escrever o filme alegando que achou a história horrível e sombria, atribuindo essa tonalidade ao péssimo período que Lucas e Spielberg passavam em suas vidas pessoais (Lucas se divorciou de sua esposa, Marcia, e Spielberg terminou seu relacionamento com a atriz Amy Irving, o que, de fato, os dois sempre confirmaram). Por conta disso, Lucas então chama Willard Huyck e Gloria Katz para escreverem, por causa de seu conhecimento de cultura indiana. Lucas lhes entregou um tratamento de vinte páginas chamado Indiana Jones and the Temple of Death (Indiana Jones e o Templo da Morte, em português). Várias cenas que foram escritas originalmente para Os Caçadores da Arca Perdida foram incluídas neste segundo filme, como a fuga de Xangai e a perseguição pelos trilhos da mina.
A equipe tentou gravar o filme na própria Índia, mas o governo não permitiu, considerando o roteiro ofensivo e estereotipado, exigindo várias mudanças e cortes de cenas. Por conta disso, a produção se deslocou para Kandy, no Sri Lanka, mas as cenas internas foram gravadas na Inglaterra. Para gravar a cena inicial no clube, Kate Capshaw precisou aprender a cantar em mandarim e dançar de verdade. O ator indiano Amrish Puri precisou raspar a cabeça para compor o vilão Mola Ram. Esse visual ficou tão marcante que ele decidiu adotá-lo permanentemente. Durante a gravação da cena da tentativa de assassinato no quarto de Jones, Harrison Ford teve uma grave hérnia de disco, sentindo sempre muita dor, ao ponto da produção ter levado uma cama de hospital para que o ator pudesse repousar nos intervalos de gravação. A dor era tanta que não teve jeito: Ford foi hospitalizado e as gravações tiveram que ser improvisadas com o dublê do ator por cinco semanas. Ainda com vários outros contratempos, como o diretor de fotografia se afastar por uma semana por estar com febre, o filme foi concluído no prazo e dentro do orçamento. Quando Spielberg mostrou o filme já finalizado para Lucas, este o achou meio rápido demais. Por causa disso, algumas cenas foram desaceleradas de propósito para ficarem com uma duração maior.
Mesmo tendo sido um sucesso nas bilheterias, o filme recebeu críticas mistas por causa de sua atmosfera sombria e violenta, e também por conta de seu ritmo bastante acelerado. Kate Capshaw considera sua personagem apenas uma loira idiota gritando por duas horas. Spielberg tem este como seu filme menos favorito, ao qual não sentia tanto prazer em dirigir. Para ele, a única lembrança boa que o filme traz foi ele ter conhecido Capshaw, com quem se casara anos mais tarde. Tanto que para ele, essa foi a única razão para a qual ele estaria destinado a gravar o filme.
O governo indiano detestou o filme, considerando-o ofensivo e que contribui para a imagem ruim que o ocidente tem da Índia, ao ponto de o terem censurado durante um tempo. Quanto ao asqueroso jantar visto no filme, as “iguarias” servidas já não são consumidas há anos. A representação errônea da deusa Kali, como uma divindade do mal relacionada à morte, também foi bastante criticada.

Nossa opinião:
Apesar da gritante quebra de ritmo entre esse filme e o anterior, não posso dizer que seja ruim, ao mesmo tempo que não dá pra classificá-lo como excelente. E nem digo isso pelo teor obscuro que ele apresenta, mas sim por várias outras coisas. Por exemplo, o ritmo do filme. Já de cara, vemos gente morrendo, pancadaria, quebra-quebra, enfim, ação até não poder mais. Quando se pensa em parar pra respirar, lá vão eles saltando de um avião em movimento. E depois disso? A ação para. Para por muito tempo. Na primeira vez que vi esse filme, em certo momento achei que já tinha passado mais de uma hora e meia, qual não foi minha surpresa que mal tinha chegado em cinquenta minutos... Em compensação, quando a correria recomeça, assim vai até o fim.
Harrison Ford continua em plena forma como Indiana Jones, apesar do filme não trazer praticamente nada de novo em relação ao personagem. Uma exceção é a relação de pai e filho dele para com o menino Shorty e a confirmação absoluta de que seu ponto fraco são as mulheres. Quanto a seu passado, só sabemos de algumas coisas relatadas pelo primeiro-ministro durante o jantar, como viagens que ele fez a Madagascar, por exemplo, e quando conta como conheceu Shorty. Aliás, esse menino foi tão bem trabalhado que é de se admirar que não tenha aparecido em mais nenhum filme.
Amrish Puri entrega um vilão odioso, mais pelos maus tratos que causa às crianças por escravizá-las do que pelo próprio culto a Kali.
E o que dizer de Willie Scott, vivida por Kate Capshaw? A típica loira burra, dondoca e nojentinha que passa boa parte do filme gritando, reclamando ou chorando. Ainda que seja a responsável pela maioria dos alívios cômicos do filme, em alguns momentos acaba se tornando irritante, como quando precisa socorrer Jones e Shorty das armadilhas. Outro ponto que merece destaque é a cena inicial ambientada em Xangai, ao melhor estilo James Bond.
Enfim, com a falta de um roteiro mais aprofundado, mas cheio de situações absurdas e exageradas, temos apenas um bom filme de aventura. Porém, não podemos nos esquecer de uma coisa, é um filme com Indiana Jones. E, como diz a frase no pôster original: se a aventura tem nome, ele deve ser Indiana Jones.
  

Fique agora com algumas imagens!





Como um easter-egg, George Lucas chamou o clube do começo do filme de "Club Obi Wan". Obi Wan é um personagem de Star Wars, também escrito por Lucas.










































































Pôster original de cinema

Fotos de bastidores:












O ator Dan Aykroyd fez uma ponta na cena do aeroporto












Kate Capshaw e Steven Spielberg se casariam anos mais tarde




Fotos de bastidores retiradas da internet, e pertencem a seus respectivos donos.
Críticas e análises
CCine10

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