domingo, 11 de junho de 2017

JURASSIC PARK 3 (2001)


Muito boa noite!

Bem vindos ao terceiro capítulo dessa maravilhosa saga: Jurassic Park 3!

Ficha técnica:
Jurassic Park 3
Título Original: Jurassic Park III
Ano de Lançamento: 2001
País: EUA
Direção: Joe Johnston
Produção: Kathleen Kennedy, Larry Franco
Roteiro: Peter Buchman, Alexander Payne, Jim Taylor
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Elenco: Sam Neill, William H. Macy, Téa Leoni, Alessandro Nivola, Trevor Morgan, Michael Jeter, Laura Dern, John Diehl, Bruce A. Young, Mark Harelick
Companhias Produtoras: Amblin Entertainment
Música: Don Davis
Distribuição: Universal Pictures

Nossa nota: 5/5

Enredo:
Enquanto faziam parasailing nos arredores da ilha Sorna, Eric (Trevor Morgan) e Ben Hildebrand (Mark Harelick) acabam se soltando do barco depois que algo o ataca, e planam para dentro da ilha. No continente, Alan Grant (Sam Neill) está visitando sua antiga colega e companheira Ellie Satler (Laura Dern), agora casada e mãe de dois filhos. Ele lhe conta sobre suas novas descobertas a respeito dos velociraptores: esses animais possuíam uma espécie de câmara de ressonância no crânio, e com os sons que emitiam, eram capazes de se comunicar, o que os fazia mais inteligentes até mesmo que os primatas. De volta ao sítio de escavações, o pupilo de Alan, Billy Brennan (Alessandro Nivola), lhe mostra uma câmara de ressonância modelada em gesso, a qual, quando soprada, emite os mesmos sons que os raptores faziam. Porém, Alan está preocupado com o prosseguimento das escavações, pois o dinheiro está acabando, e não aparecem novos financiadores. São então interrompidos por Paul Kirby (William H. Macy), dizendo-se um grande empresário, e insiste para que Alan vá jantar com ele e sua esposa, só indo por insistência de Billy. No jantar, conhecem Amanda Kirby (Téa Leoni). Para comemorar seu aniversário de casamento, fretaram um avião para fazer um voo panorâmico sobre a ilha Sorna, e querem que Alan seja seu guia. Apesar de recusar logo de cara, muda de ideia quando Paul oferece a quantia que Alan quiser para continuar a escavação. Sendo assim, Alan e Billy partem com o casal Kirby para a ilha, acompanhados dos tripulantes do avião, Cooper (John Diehl), Nash (Bruce A. Young) e Udeski (Michael Jeter). Chegando lá, parecem mais interessados em qualquer outra coisa, menos nos dinossauros. Quando pretendem pousar, Alan se desespera e é atingido por trás quando tenta impedi-los. Já em terra firme, Alan acorda e encontra Amanda chamando por Ben e Eric num megafone, enquanto os tripulantes marcam um perímetro de segurança. De repente, ouvem tiros e um forte rugido, que Alan supõe ser de um animal maior que o tiranossauro. Udeski e Nash voltam correndo, pondo todos pra dentro do avião e deixando Cooper para trás. Em pânico, Cooper acena para que parem o avião, mas é abocanhado por um enorme animal, um espinossauro. Isso atrapalha a decolagem, fazendo o avião cair no meio das árvores. Sem conseguir pedir socorro pelo telefone via satélite de Paul, o espinossauro ataca o avião, devorando Nash e derrubando a aeronave das árvores, a qual ele chuta e pisoteia como se fosse de papel. Quando conseguem distrair o espinossauro, todos fogem, mas dão de cara com um t-rex, que passa a persegui-los, até que ficam cercados entre ele e o espinossauro. Os dois gigantes travam uma violenta briga, que termina com a morte do t-rex. Alan cobra explicações de Paul, e é então revelado que tudo isso foi uma farsa: Paul e Amanda estão procurando Eric, seu filho, e Ben Hildebrand, namorado de Amanda (isso porque ela e Paul estão divorciados há um ano), e os tripulantes do avião são mercenários, que aceitaram o trabalho de ir até lá apenas por dinheiro. Desesperados para encontrar seu filho, depois de oito semanas desaparecido e sem ter a ajuda de ninguém, armaram toda essa história. Alan só entrou na história porque precisavam de alguém que conhecesse a ilha, mas não se deram por conta de que a ilha visitada por Alan foi a Nublar, e não a Sorna. Como se não bastasse, Paul não é um grande empresário, ou seja, além de estarem em sérios apuros, Alan e Billy não vão ganhar nem um centavo. Mais para frente, procurando o litoral, encontram o paraquedas de Ben pendurado em uma árvore, e também a câmera que Eric tinha em mãos. Pela gravação feita, descobrem que, pelo menos à queda, os dois sobreviveram. Quando tentam recolher o paraquedas para guarda-lo, descobrem o cadáver de Ben, já em estado avançado de decomposição, ao que Amanda se desespera, e teme que o mesmo tenha acontecido a Eric. Continuando o trajeto, encontram ninhos de raptores, o que deixa Billy admirado. Depois vão a uma instalação abandonada da InGen, onde conseguem o que comer. Passando pelo laboratório onde os dinossauros eram produzidos, um velociraptor os ataca. Quando conseguem prendê-lo, Alan percebe que o animal está avisando aos outros raptores para que não os deixem escapar. Ao saírem, acabam emboscados pelos raptores. Alan se perde dos outros, enquanto Paul, Billy e Amanda sobem em árvores. Udeski, porém, não tem a mesma sorte e é morto pelos raptores. Emboscado pelos animais, Alan é resgatado por Eric, que passou as últimas oito semanas se escondendo em um container de mantimentos da InGen. Ao saírem de lá, encontram Paul e Amanda. Segundo Eric, só os encontrou porque reconheceu o toque do telefone por satélite. O detalhe é que o telefone estava com Nash, que o havia colocado no bolso. Como Nash foi comido pelo espinossauro, o telefone estava tocando na barriga do dinossauro, que estava por perto à espreita. Escapando dele, todos entram em uma outra instalação, onde Alan percebe porque os raptores estão atrás deles: Billy roubou dois ovos dos ninhos, que pretendia vender e conseguir dinheiro para as escavações. Alan se decepciona, e acusa Billy de não ser melhor que as pessoas que construíram a ilha. Todos descem por plataformas e escadas, que vão dar em um rio, onde pegarão um barco para chegarem ao litoral. Mas se dão por conta de que estão numa espécie de gaiola, onde os pterossauros ficam presos. Um deles captura Eric e o leva para o ninho, para alimentar seus filhotes, enquanto Alan, Paul e Amanda tentam escapar de um outro pterossauro adulto. Billy então usa o paraquedas para planar até o ninho e resgatar Eric. Porém, Billy não consegue se salvar e é pego pelos pterossauros. Já no barco, escutam o barulho do telefone, em meio a um monte de fezes do espinossauro. Depois de o recuperarem, Alan tenta ligar para Ellie para que esta mande ajuda, mas o barco é atacado pelo espinossauro. O pouco que Alan consegue falar ao telefone, Ellie entende que ele está em sérios apuros. Paul sobe em um guindaste para distrair o espinossauro, enquanto Alan atira nele com um sinalizador, assim o espantando. Quando tudo parece se encaminhar para um final tranquilo, são novamente encurralados pelos raptores, que querem seus ovos. Amanda os entrega, enquanto Alan usa a câmara de ressonância para confundi-los. Ao chegarem no litoral, avistam o exército, acionado por Ellie para resgatá-los. Já no helicóptero, descobrem que Billy está vivo, apesar de bastante ferido. Paul e Amanda se reconciliam. Os pterossauros são vistos saindo da ilha para explorar o mundo.


Desenvolvimento e produção:
Joe Johnston já havia manifestado interesse em dirigir uma sequência de Jurassic Park, porém Spielberg lhe prometeu a direção de um terceiro filme, caso houvesse. Quando perguntado sobre isso, à época do lançamento de O Mundo Perdido – Jurassic Park, Spielberg dizia que só de pensar nisso já lhe dava dor de cabeça.
O filme foi anunciado em 1998, com lançamento previsto para 2000, já tendo Johnston como diretor. Como uma premissa para o filme, Spielberg chegou a imaginar Alan Grant sendo descoberto vivendo numa das ilhas da InGen, porém Johnston detestou a ideia. O roteirista Craig Rosenberg escreveu um primeiro roteiro, em que adolescentes estariam perdidos na ilha Sorna. Johnston, porém, logo descartou, dizendo que esse roteiro mais parecia um episódio de Friends. Novos roteiristas foram chamados para escrever uma nova história para o terceiro filme. Nesse segundo roteiro, os pterossauros escapavam da ilha Sorna, causando mortes no continente, o que seria investigado por Alan, Billy e mais uma equipe. Um terceiro roteiro, bem próximo do filme que foi gravado também chegou a ser escrito, onde ocorreriam as cenas do aviário e do laboratório, que seriam bem mais longas, além do dinossauro “vilão” ser um baryonyx em lugar de um espinossauro (inclusive, um logotipo oficial contendo o baryonyx chegou a ser divulgado). Nesse ponto, o lançamento do filme já havia sido adiado para 2001.
Atores contratados, cenários prontos, animatrônicos idem. Inclusive vários pôsteres foram feitos sugerindo vários títulos para o filme, já que o título oficial não havia sido decidido. Com tudo isso em mãos, a apenas cinco semanas do começo das filmagens, Spielberg e Johnston resolvem descartar o roteiro pois, segundo eles, a trama era muito complexa, e preferiram uma mais simples, centrada em uma missão de resgate – justamente o que havia sido proposto desde o início. Até esse momento, dezoito milhões de dólares já haviam sido gastos.
Johnston falou, em entrevistas posteriores, que até que o filme ficasse pronto, nunca houve um roteiro final, a equipe apenas ia gravando cenas que iam sendo adicionadas ao que já havia sido filmado. Com um ritmo lento, as gravações mudaram de lugar várias vezes, ora indo para o continente, ora para o Havaí, onde as cenas da ilha eram gravadas – isso acontecia porque as cenas eram escritas aos poucos. Outra decisão foi a de não colocar Alan e Ellie como um casal, já que Johnston não achava que os dois combinassem como um casal. As cenas de Laura Dern foram gravadas em um único dia.
Quanto aos dinossauros do filme, o espinossauro foi escolhido para ser o principal antagonista por sua silhueta ser bem destoante à do tiranossauro, o que o tornaria facilmente reconhecido. À época, novas descobertas no campo da paleontologia sugeriram que os velociraptores teriam tido penas. Por isso, aqui no terceiro filme, os raptores machos tinham filamentos na cabeça que lembravam penas. Houve também, por insistência de Spielberg, dos pteranodontes, que já tinham ficado de fora dos outros filmes por razões monetárias.
Ainda que o roteiro do filme não se baseie em nenhum livro escrito por Michael Crichton, contém cenas dos livros que foram descartadas dos filmes anteriores.
O filme acabou causando reações mistas nos críticos e nos fãs da franquia, embora tenha conseguido um lucro considerável nas bilheterias.

Nossa opinião:
Falar de qualquer filme da franquia Jurassic Park, pra mim, é complicado, pois é minha franquia de filmes favorita. Mas esse aqui tem algo diferente dos demais. Mais curto que os anteriores, traz uma trama mais simples, além de acertar em cheio ao trazer Alan Grant de volta, para mim o melhor personagem da franquia, com o qual Sam Neill se sente muito à vontade. Os outros todos também estão em muito boa sintonia. William H. Macy faz o típico metido a corajoso, mas que se puder foge na primeira oportunidade. E o que dizer de Téa Leoni e seus gritos? Uma das coisas mais lamentáveis, porém, é ver que Alan e Ellie se separaram, embora ainda haja um sentimento velado entre os dois, o filme deixa isso muito claro. E mais: não duvido que o pequeno Charlie seja filho do Alan...
Como já foi dito, a história do filme só foi concluída quando as gravações terminaram, o que pode ter ocasionado os vários furos no roteiro, que são muitos, como por exemplo o espinossauro, que arrebenta uma enorme cerca de ferro, mas logo em seguida não consegue derrubar uma porta de madeira. De fato, o filme soa inverossímil do início ao fim, mas nem isso o deixa menos irremediavelmente amável!
Outra coisa que precisa ser considerada além das cenas sem nexo são os conflitos familiares dos personagens, aqui novamente presentes, e que acabam sendo praticamente o cerne do filme todo.
Um outro problema que o filme enfrenta são as queixas de muitos fãs que dizem que a história dele não acrescenta em nada para a franquia. Em partes, isso é verdade, já que lá no início não era planejada uma franquia, mas apenas um filme – cujo sucesso comercial e de crítica “pediu” um segundo filme, e por consequência um terceiro. Por outro lado, o filme aborda uma questão interessante, que são as espécies não catalogadas pela InGen, como o espinossauro. Mais para frente isso será abordado com mais detalhes, quando falarmos do quarto filme da franquia...
Agora, vamos falar do que mais nos interessa em se tratando de Jurassic Park: os dinossauros! Nesse terceiro capítulo da franquia, temos novos animais, tão mortíferos quanto os dos outros filmes. As novidades ficam por conta do espinossauro, que foi o maior animal carnívoro terrestre que já viveu (não, não foi o tiranossauro), mas que no filme não foi retratado de forma tão acurada. Afinal, nunca se encontrou um fóssil completo do bicho, o que já provocou inúmeras especulações sobre como ele seria, na realidade. À época do filme, o visual dele estava correto de acordo com o que se pensava, mas o mesmo não pode se dizer de seu temperamento: o espinossauro real dificilmente enfrentaria um tiranossauro, muito menos ganharia uma briga com ele (talvez essa tenha sido a mais polêmica cena da franquia inteira). Os pterossauros também aparecem aqui pela primeira vez, e roubam a cena nos momentos em que aparecem, embora também tenham erros. A espécie de pterossauro aqui retratada é o pteranodonte, que foi retratado com dentes, sendo que o nome do bicho quer dizer justamente “voador sem dentes”! Os raptores estão mais perigosos do que nunca, já que o grupo é atacado por uma variação mais inteligente que os demais já mostrados nos outros filmes.
Enfim, Jurassic Park 3 é uma diversão despretensiosa, que resgata os principais elementos da franquia, como por exemplo a trilha sonora impecável. A propósito, é o terceiro melhor filme da franquia, na minha opinião.


Fique agora com algumas imagens!














































































Pôsteres originais de cinema


Fotos de bastidores:





Sam Neill, Trevor Morgan e o diretor Joe Johnston


























Stan Winston nos sets de gravação




Links:
Críticas e análises


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