Muito boa noite!
“O mundo bizarro que você conheceu em Planeta dos Macacos foi apenas o começo...” Concordando com essa
frase, apresentamos hoje De Volta ao
Planeta dos Macacos!
Ficha
técnica:
De Volta ao
Planeta dos Macacos
Título Original: Beneath the Planet
of the Apes
Ano de
Lançamento: 1970
País: EUA
Direção: Ted
Post
Produção: Arthur
P. Jacobs
Roteiro: Paul
Dehn, Mort Abrahams
Baseado nos
personagens criados por Pierre Boulle
Gênero: Ficção
Científica, Aventura
Elenco: James Franciscus, Kim
Hunter, Maurice Evans, Linda Harrison, James Gregory, Charlton Heston, David
Watson, Paul Richards, Natalie Trundy, Jeff Corey, Gregory Sierra, Victor
Buono, Don Pedro Colley
Companhias
Produtoras: APJAC Productions
Música: Leonard
Rosenman
Distribuição:
20th Century-Fox
Nossa nota:
3/5
Enredo:
Depois da
estarrecedora descoberta que fez na Zona Proibida, percebendo que está na
Terra, num futuro nada promissor, Taylor (Charlton Heston) continua explorando
o lugar ao lado de sua companheira, a nativa Nova (Linda Harrison). Mas
estranhos fenômenos começam a acontecer: fogos que surgem do nada, tempestades
de raios e fendas que se abrem no chão. Ao tentar investigar, Taylor
simplesmente desaparece diante do olhar atônito de Nova. Enquanto isso, uma
nova nave aterrissa no planeta, trazendo o astronauta Brent (James Franciscus),
que partiu em missão para encontrar Taylor e seus companheiros. Não tarda a
encontrar Nova vagando sem rumo pela Zona Proibida, reconhecendo nela o
medalhão de identificação de Taylor, dando-lhe assim a esperança de que ele
possa estar vivo. Nova se lembra do conselho de Taylor, que se algo acontecesse
a ele, ela deveria procurar Zira (Kim Hunter) e Cornelius (David Watson). Ela
leva Brent até a cidade dos macacos, onde veem a comunidade símia reunida na
praça, onde o beligerante general Ursus (James Gregory) faz um discurso
tentando convencer os macacos de que a Zona Proibida deve ser invadida, para
que possam expandir seus domínios. Por aclamação, a comunidade apoia a decisão,
a contragosto de Zira, que não vê essa ideia com bons olhos. Nova leva Brent a
casa de Cornelius e Zira, onde dão a Brent roupas de humanos “normais” do
lugar, e por muito pouco não são surpreendidos por Dr. Zaius (Maurice Evans),
que foi até lá para dizer que vai acompanhar Ursus na invasão da Zona Proibida.
Brent e Nova, tão logo saem de lá, são capturados, mas Zira os ajuda a escapar.
Já na Zona Proibida, exploram uma caverna, onde Brent descobre destroços de uma
estação de metrô de Nova York, percebendo assim que está na Terra no futuro. Os
dois começam a ouvir sons estranhos e começam a segui-los, através de vários
túneis, até chegarem a mais escombros de Nova York, como a biblioteca pública e
a catedral de São Patrício. De repente, Brent começa a ouvir vozes que ordenam
que mate Nova. Tentando evitar esses comandos, ele entra na catedral e descobre
uma população de humanos mutantes com poderes telepáticos, e que veneram uma
poderosa bomba atômica como se fosse um deus. Reunidos em conselho, alguns
líderes mutantes - Mendez (Paul Richards), Albina (Natalie Trundy), Caspay (Jeff Corey), Verger (Gregory Sierra), Adiposo (Victor Buono) e Ongaro (Don Pedro Colley) - torturam psicologicamente Brent para que lhes revele o que
sabe sobre os planos de invasão dos macacos, e Brent lhes conta que os macacos
estão marchando em direção à cidade subterrânea. Os mutantes induzem ilusões
para rechaçar os macacos, mas Dr. Zaius consegue ver através delas e conduz os
demais macacos para a entrada da cidade. Vendo-se sem saída, os mutantes
resolvem detonar sua “Bomba Divina” para acabar com os macacos, mesmo que isso
lhes custe suas próprias vidas. A comunidade humana mutante se reúne para uma
cerimônia religiosa, onde eles tiram suas máscaras, revelando que são, de fato,
humanos super inteligentes, descendentes dos sobreviventes das guerras
nucleares que assolaram o planeta séculos atrás. O contato com a radiação
removeu várias camadas de pele, mas em compensação aumentou suas habilidades
psíquicas. Brent é jogado numa cela ao lado de Taylor. Brent lhe descreve a
bomba que os mutantes pretendem usar, e Taylor a reconhece como uma bomba total,
capaz de destruir o planeta inteiro. Um dos mutantes chega e obriga mentalmente
que Taylor e Brent lutem até a morte. Nova escapa dos guardas e chega até a
cela, falando sua primeira palavra ao chamar por Taylor. Isso distrai o
mutante, permitindo que Brent e Taylor o matem. Os macacos entram na cidade
subterrânea, matam Nova e rumam para a catedral, onde um dos mutantes prepara a
bomba para ser detonada, antes dos macacos o matarem. Brent e Taylor tentam
parar Ursus, antes que ele detone a bomba. Taylor é baleado. Brent mata Ursus,
mas em seguida é morto também. Taylor pede ajuda a Dr. Zaius, mas este se
recusa a ajuda-lo. Taylor então ativa a bomba e o planeta é destruído. Ao fim,
uma narração diz: “Entre as incontáveis bilhões de galáxias no universo, existe
uma estrela de tamanho médio, e um de seus satélites, um planeta
insignificante, agora, está morto.”
Desenvolvimento
e produção:
Assim que
Planeta dos Macacos se transformou num grande sucesso de público e crítica, a
Fox começou a preparar o terreno para um segundo filme. Após rejeitar um roteiro
escrito por Rod Serling e outro escrito pelo próprio Pierre Boulle, o
roteirista Paul Dehn foi chamado para transformar em um roteiro várias ideias
soltas escritas pelo produtor Mort Abrahams, partindo da ideia de que Nova York
estaria enterrada debaixo da Zona Proibida, como ficou sugerido pelo final do
primeiro capítulo. Porém, uma série de contratempos surgiram a partir daí,
começando por Charlton Heston, que não tinha o menor interesse em reprisar o
papel de Taylor. Como o personagem era essencial para a trama, depois de muita
insistência, Heston finalmente aceita apenas fazer uma participação especial no
filme, com duas condições: que seu personagem morresse e seu cachê fosse para
obras de caridade. Com isso, o roteiro foi reescrito para que um novo
protagonista entrasse na história, papel que ficou para James Franciscus.
Como
Franklin J. Schaffner não quis assumir a direção da sequência, Ted Post aceitou
o cargo. Devido a um corte no orçamento do filme, que a Fox reduziu pela
metade, coube a Post e a James Franciscus darem uma “polida” no roteiro, para
arrumar alguns furos deixados por Paul Dehn. Roddy McDowall também não pode
participar, já que estava dirigindo um filme na Escócia (ainda que ele apareça
brevemente nas cenas pré-título, que pertencem ao primeiro filme). Orson Welles
foi convidado para interpretar o general Ursus, mas recusou por ter que passar
todo seu tempo em tela usando máscara e maquiagem. As cenas de Charlton Heston
foram filmadas em apenas oito dias, e boa parte dos cenários da cidade dos
mutantes foi reutilizada de outros filmes do mesmo período.
Nossa
opinião:
Quando se lê
a frase do pôster, que diz que o mundo bizarro visto no primeiro filme era só o
começo, bem se vê que os caras tinham consciência do que estavam falando, já
que esse segundo capítulo da saga dos macacos mostra realmente isso: um filme
marcado por muitos problemas e contratempos em sua produção, que acabou
entregando o episódio mais fraco da franquia. A história é confusa, sim, mas
consegue ser “entendível”, basta prestar atenção.
O filme tem
um dos finais mais tristes que já vi. O primeiro filme também tem um final
melancólico, mas ainda temos uma ponta de esperança de que, no contexto do
trama, nossa raça pudesse ter um futuro um pouco melhor – e, de certa forma, o
começo desse segundo filme corrobora um pouco para isso, já que em uma cena
Taylor faz planos de formar uma família com Nova. Mas toda e qualquer ponta de
esperança vai pro espaço em De Volta ao
Planeta dos Macacos (com o perdão do trocadilho), já que, não contentes em
matar Nova e Taylor, os roteiristas terminam com o planeta inteiro! Porém isso
só foi feito dessa forma porque a intenção era terminar a franquia por aqui
mesmo. Mas, pelo visto terminar com o mundo não foi suficiente, já que fizeram
mais três filmes e uma série de TV.
Vamos ao
desempenho dos atores. Sem Roddy McDowall, coube a David Watson viver
Cornelius, não se saindo tão bem assim. Mas como o personagem quase não aparece
no filme, não foi tão prejudicia. Kim Hunter e Maurice Evans continuam
impecáveis nos seus papéis, assim como Linda Harrison, que aqui tem uma
participação bem mais importante como Nova. James Franciscus, que entrou quase
de gaiato na história para suprir várias cenas escritas para Charlton Heston,
faz o melhor que pode com a batata quente que tem nas mãos. Além da proposital
semelhança física (em uma cena, Zira confunde Brent com Taylor), a substituição
fica clara em uma série de situações. Basta ver a reação dele quando descobre
os destroços de Nova York no metrô. Por mais que sua fala o mostre surpreso com
o que vê, as ações e expressões dele são de quem parecia já saber onde estava. Para completar a salada, soma-se
a isso um Charlton Heston atuando em modo quase automático, já que não estava muito a fim de repetir seu papel do filme anterior, porque não queria ficar associado ao personagem (cá pra nós, o que é um "Taylor" pra quem já foi Moisés e Ben-Hur?).
E sabe o que
é mais contraditório? Mesmo que esse filme seja, na melhor das hipóteses,
apenas regular, ele não pode nem ser chamado de desnecessário, já que ele se conecta
diretamente com os próximos (sim, aqueles humanos bizarros e seu deus-bomba vão
ter uma razão de estar lá). Mas isso é assunto para as próximas postagens!
Veja agora algumas imagens do filme:
Pôster original de cinema |
Fotos de bastidores:
Links:
O produtor Arthur P, Jacobs e sua esposa, a atriz Natalie Trundy As fotos de bastidores foram tiradas da internet, e pertencem a seus respectivos donos. |
Links:
Críticas e análises:
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