sábado, 3 de junho de 2017

DE VOLTA AO PLANETA DOS MACACOS (1970)


Muito boa noite!

“O mundo bizarro que você conheceu em Planeta dos Macacos foi apenas o começo...” Concordando com essa frase, apresentamos hoje De Volta ao Planeta dos Macacos!

Ficha técnica:
De Volta ao Planeta dos Macacos
Título Original: Beneath the Planet of the Apes
Ano de Lançamento: 1970
País: EUA
Direção: Ted Post
Produção: Arthur P. Jacobs
Roteiro: Paul Dehn, Mort Abrahams
Baseado nos personagens criados por Pierre Boulle
Gênero: Ficção Científica, Aventura
Elenco: James Franciscus, Kim Hunter, Maurice Evans, Linda Harrison, James Gregory, Charlton Heston, David Watson, Paul Richards, Natalie Trundy, Jeff Corey, Gregory Sierra, Victor Buono, Don Pedro Colley
Companhias Produtoras: APJAC Productions
Música: Leonard Rosenman
Distribuição: 20th Century-Fox

Nossa nota: 3/5

Enredo:
Depois da estarrecedora descoberta que fez na Zona Proibida, percebendo que está na Terra, num futuro nada promissor, Taylor (Charlton Heston) continua explorando o lugar ao lado de sua companheira, a nativa Nova (Linda Harrison). Mas estranhos fenômenos começam a acontecer: fogos que surgem do nada, tempestades de raios e fendas que se abrem no chão. Ao tentar investigar, Taylor simplesmente desaparece diante do olhar atônito de Nova. Enquanto isso, uma nova nave aterrissa no planeta, trazendo o astronauta Brent (James Franciscus), que partiu em missão para encontrar Taylor e seus companheiros. Não tarda a encontrar Nova vagando sem rumo pela Zona Proibida, reconhecendo nela o medalhão de identificação de Taylor, dando-lhe assim a esperança de que ele possa estar vivo. Nova se lembra do conselho de Taylor, que se algo acontecesse a ele, ela deveria procurar Zira (Kim Hunter) e Cornelius (David Watson). Ela leva Brent até a cidade dos macacos, onde veem a comunidade símia reunida na praça, onde o beligerante general Ursus (James Gregory) faz um discurso tentando convencer os macacos de que a Zona Proibida deve ser invadida, para que possam expandir seus domínios. Por aclamação, a comunidade apoia a decisão, a contragosto de Zira, que não vê essa ideia com bons olhos. Nova leva Brent a casa de Cornelius e Zira, onde dão a Brent roupas de humanos “normais” do lugar, e por muito pouco não são surpreendidos por Dr. Zaius (Maurice Evans), que foi até lá para dizer que vai acompanhar Ursus na invasão da Zona Proibida. Brent e Nova, tão logo saem de lá, são capturados, mas Zira os ajuda a escapar. Já na Zona Proibida, exploram uma caverna, onde Brent descobre destroços de uma estação de metrô de Nova York, percebendo assim que está na Terra no futuro. Os dois começam a ouvir sons estranhos e começam a segui-los, através de vários túneis, até chegarem a mais escombros de Nova York, como a biblioteca pública e a catedral de São Patrício. De repente, Brent começa a ouvir vozes que ordenam que mate Nova. Tentando evitar esses comandos, ele entra na catedral e descobre uma população de humanos mutantes com poderes telepáticos, e que veneram uma poderosa bomba atômica como se fosse um deus. Reunidos em conselho, alguns líderes mutantes - Mendez (Paul Richards), Albina (Natalie Trundy), Caspay (Jeff Corey), Verger (Gregory Sierra), Adiposo (Victor Buono) e Ongaro (Don Pedro Colley) - torturam psicologicamente Brent para que lhes revele o que sabe sobre os planos de invasão dos macacos, e Brent lhes conta que os macacos estão marchando em direção à cidade subterrânea. Os mutantes induzem ilusões para rechaçar os macacos, mas Dr. Zaius consegue ver através delas e conduz os demais macacos para a entrada da cidade. Vendo-se sem saída, os mutantes resolvem detonar sua “Bomba Divina” para acabar com os macacos, mesmo que isso lhes custe suas próprias vidas. A comunidade humana mutante se reúne para uma cerimônia religiosa, onde eles tiram suas máscaras, revelando que são, de fato, humanos super inteligentes, descendentes dos sobreviventes das guerras nucleares que assolaram o planeta séculos atrás. O contato com a radiação removeu várias camadas de pele, mas em compensação aumentou suas habilidades psíquicas. Brent é jogado numa cela ao lado de Taylor. Brent lhe descreve a bomba que os mutantes pretendem usar, e Taylor a reconhece como uma bomba total, capaz de destruir o planeta inteiro. Um dos mutantes chega e obriga mentalmente que Taylor e Brent lutem até a morte. Nova escapa dos guardas e chega até a cela, falando sua primeira palavra ao chamar por Taylor. Isso distrai o mutante, permitindo que Brent e Taylor o matem. Os macacos entram na cidade subterrânea, matam Nova e rumam para a catedral, onde um dos mutantes prepara a bomba para ser detonada, antes dos macacos o matarem. Brent e Taylor tentam parar Ursus, antes que ele detone a bomba. Taylor é baleado. Brent mata Ursus, mas em seguida é morto também. Taylor pede ajuda a Dr. Zaius, mas este se recusa a ajuda-lo. Taylor então ativa a bomba e o planeta é destruído. Ao fim, uma narração diz: “Entre as incontáveis bilhões de galáxias no universo, existe uma estrela de tamanho médio, e um de seus satélites, um planeta insignificante, agora, está morto.”


Desenvolvimento e produção:
Assim que Planeta dos Macacos se transformou num grande sucesso de público e crítica, a Fox começou a preparar o terreno para um segundo filme. Após rejeitar um roteiro escrito por Rod Serling e outro escrito pelo próprio Pierre Boulle, o roteirista Paul Dehn foi chamado para transformar em um roteiro várias ideias soltas escritas pelo produtor Mort Abrahams, partindo da ideia de que Nova York estaria enterrada debaixo da Zona Proibida, como ficou sugerido pelo final do primeiro capítulo. Porém, uma série de contratempos surgiram a partir daí, começando por Charlton Heston, que não tinha o menor interesse em reprisar o papel de Taylor. Como o personagem era essencial para a trama, depois de muita insistência, Heston finalmente aceita apenas fazer uma participação especial no filme, com duas condições: que seu personagem morresse e seu cachê fosse para obras de caridade. Com isso, o roteiro foi reescrito para que um novo protagonista entrasse na história, papel que ficou para James Franciscus.
Como Franklin J. Schaffner não quis assumir a direção da sequência, Ted Post aceitou o cargo. Devido a um corte no orçamento do filme, que a Fox reduziu pela metade, coube a Post e a James Franciscus darem uma “polida” no roteiro, para arrumar alguns furos deixados por Paul Dehn. Roddy McDowall também não pode participar, já que estava dirigindo um filme na Escócia (ainda que ele apareça brevemente nas cenas pré-título, que pertencem ao primeiro filme). Orson Welles foi convidado para interpretar o general Ursus, mas recusou por ter que passar todo seu tempo em tela usando máscara e maquiagem. As cenas de Charlton Heston foram filmadas em apenas oito dias, e boa parte dos cenários da cidade dos mutantes foi reutilizada de outros filmes do mesmo período.

Nossa opinião:
Quando se lê a frase do pôster, que diz que o mundo bizarro visto no primeiro filme era só o começo, bem se vê que os caras tinham consciência do que estavam falando, já que esse segundo capítulo da saga dos macacos mostra realmente isso: um filme marcado por muitos problemas e contratempos em sua produção, que acabou entregando o episódio mais fraco da franquia. A história é confusa, sim, mas consegue ser “entendível”, basta prestar atenção.
O filme tem um dos finais mais tristes que já vi. O primeiro filme também tem um final melancólico, mas ainda temos uma ponta de esperança de que, no contexto do trama, nossa raça pudesse ter um futuro um pouco melhor – e, de certa forma, o começo desse segundo filme corrobora um pouco para isso, já que em uma cena Taylor faz planos de formar uma família com Nova. Mas toda e qualquer ponta de esperança vai pro espaço em De Volta ao Planeta dos Macacos (com o perdão do trocadilho), já que, não contentes em matar Nova e Taylor, os roteiristas terminam com o planeta inteiro! Porém isso só foi feito dessa forma porque a intenção era terminar a franquia por aqui mesmo. Mas, pelo visto terminar com o mundo não foi suficiente, já que fizeram mais três filmes e uma série de TV.
Vamos ao desempenho dos atores. Sem Roddy McDowall, coube a David Watson viver Cornelius, não se saindo tão bem assim. Mas como o personagem quase não aparece no filme, não foi tão prejudicia. Kim Hunter e Maurice Evans continuam impecáveis nos seus papéis, assim como Linda Harrison, que aqui tem uma participação bem mais importante como Nova. James Franciscus, que entrou quase de gaiato na história para suprir várias cenas escritas para Charlton Heston, faz o melhor que pode com a batata quente que tem nas mãos. Além da proposital semelhança física (em uma cena, Zira confunde Brent com Taylor), a substituição fica clara em uma série de situações. Basta ver a reação dele quando descobre os destroços de Nova York no metrô. Por mais que sua fala o mostre surpreso com o que vê, as ações e expressões dele são de quem parecia já saber onde estava. Para completar a salada, soma-se a isso um Charlton Heston atuando em modo quase automático, já que não estava muito a fim de repetir seu papel do filme anterior, porque não queria ficar associado ao personagem (cá pra nós, o que é um "Taylor" pra quem já foi Moisés e Ben-Hur?).
E sabe o que é mais contraditório? Mesmo que esse filme seja, na melhor das hipóteses, apenas regular, ele não pode nem ser chamado de desnecessário, já que ele se conecta diretamente com os próximos (sim, aqueles humanos bizarros e seu deus-bomba vão ter uma razão de estar lá). Mas isso é assunto para as próximas postagens!

Veja agora algumas imagens do filme:










































































Pôster original de cinema
Fotos de bastidores:

























O produtor Arthur P, Jacobs e sua esposa, a atriz Natalie Trundy

As fotos de bastidores foram tiradas da internet, e pertencem a seus respectivos donos.

Links:
Críticas e análises:

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