Muito boa noite!
Hoje falaremos de um grande clássico dos cinemas, que
conseguiu se consagrar como uma das franquias mais famosas: Planeta dos Macacos!
Ficha técnica:
Planeta dos
Macacos
Título
Original: Planet of the Apes
Ano de
Lançamento: 1968
País: EUA
Direção: Franklin
J. Schaffner
Produção: Arthur P. Jacobs, Mort
Abrams
Roteiro: Michael Wilson, Rod Serling
Baseado em: La
Planète des Singes, de Pierre Boulle
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Elenco: Charlton Heston, Roddy
McDowall, Kim Hunter, Maurice Evans, Linda Harrison, James Withmore, James
Daly, Robert Gunner, Lou Wagner, Woodrow Parfrey
Companhias
Produtoras: APJAC Productions
Música:
Jerry Goldsmith
Distribuição:
20th Century-Fox
Nossa nota: 5/5
Nossa nota: 5/5
Enredo:
Em 1972, uma
espaçonave parte da Terra levando quatro astronautas, liderados pelo coronel
George Taylor (Charlton Heston), em uma viagem quase à velocidade da luz. Os
tripulantes ficam em um estado de hibernação que, no tempo decorrido dentro da
nave, levou dezoito meses. A nave cai num planeta que, embora semelhante à Terra,
parece não abrigar vida. É constatado que, por causa da dilatação do tempo,
foram parar no futuro, mais precisamente em 3978. Dos quatro astronautas,
apenas a astronauta Stewart não sobreviveu. Ao saírem da nave, Taylor, Landon
(Robert Gunner) e Dodge (Jeff Burton) saem em busca de alimento por aquele
inóspito lugar até encontrarem um oásis, onde se banham e tem suas roupas
saqueadas. Os gatunos são humanos vivendo como homens das cavernas, e incapazes
de pronunciar palavras. De repente, os três astronautas, junto com os nativos,
são atacados por gorilas com trajes militares e montados em cavalos. Taylor
então se dá conta de que foi parar em um lugar onde, aparentemente, o macaco
evoluiu do homem. Em seguida, é atingido na garganta e temporariamente não
consegue falar, é separado de seus colegas (um morre e o outro desaparece) e
levado para uma espécie de clínica onde os humanos são estudados, junto de uma
humana que ele por quem ele se afeiçoou e mais tarde chamará de Nova. Lá, fica
sob os cuidados da chimpanzé Dra. Zira (Kim Hunter), que logo percebe que ele é
mais inteligente que os demais humanos, e resolve apresentá-lo a seu noivo, o
arqueólogo Cornelius (Roddy McDowall). Os dois são céticos quanto às crenças
antigas de seu povo, acreditando que os macacos são descendentes dos homens, e
por isso são visados pelo Dr. Zaius (Maurice Evans), que é chefe da religião e
da ciência, e não aprova as teorias de Zira, considerando-as heresia. Quando
Taylor volta a falar, passa a ser perseguido por Zaius, que quer eliminá-lo a
todo custo, já que sua existência põe em xeque as crenças antigas. Por tabela,
Zira e Cornelius também acabam sendo perseguidos. Entretanto, Cornelius tem uma
prova que pode mostrar a Zaius que as crenças antigas não tem fundamento: um
sítio arqueológico na chamada Zona Proibida, um lugar aparentemente perigoso,
onde os macacos não podem ir, mas que esconde provas de que os humanos daquele
lugar um dia já foram tão inteligentes quanto os macacos. O que fica provado
quando, com a situação dominada por Taylor, todos encontram no tal sítio uma
boneca falante, algo que foi feito por mãos humanas há muito tempo. Após
negociar sua liberdade com Zaius, Taylor parte com Nova pelo litoral da Zona
Proibida em busca de respostas sobre o que aconteceu àquele lugar, e para que o
macaco tenha evoluído do homem. E é nessa empreitada que ele encontra a
estarrecedora verdade: a Estátua da Liberdade parcialmente soterrada. Então se
dá conta do que houve: estava o tempo todo na Terra, agora devastada por alguma
guerra nuclear.
Desenvolvimento:
Uma história
mirabolante, um elenco estelar, música formidável e inovadora maquiagem fizeram
de Planeta dos Macacos um dos maiores
clássicos do cinema de todos os tempos. Baseado (vagamente, diga-se de
passagem) no livro La Planète des Singes,
do francês Pierre Boulle (cujos direitos de adaptação foram comprados pelo
produtor Arthur P. Jacobs antes mesmo do livro ser publicado), teve roteiro
escrito primeiramente por Rod Serling, que foi criador, escritor e apresentador
da antológica série de TV Além da
Imaginação (The Twilight Zone). Roteiro pronto, muitas modificações foram
feitas a pedido de Jacobs ao escritor Michael Wilson, não por uma questão de
liberdade de adaptação ou por ter um enredo violento, mas por puras razões
econômicas, já que o roteiro original mostrava uma sociedade dos macacos com
tecnologia bastante avançada, e isso exigia muitos cenários, itens de cenário e
efeitos especiais, o que encareceria bastante a produção. A sugestão de Jacobs
era retratar os macacos em uma sociedade mais primitiva, o que reduziria
custos.
Para
convencer o estúdio de que o filme era viável, foi produzido um curta-metragem
de oito minutos mostrando as performances dos personagens, embora a ambientação
fosse bem diferente do que seria visto no filme propriamente dito. No referido
curta, já aparecem Charlton Heston, com seu personagem chamando Thomas em vez
de Taylor, e Linda Harrison, aqui interpretando Zira!
Outro fator
que contribuiu para o sucesso do filme foi sua impecável maquiagem, com
máscaras feitas de látex, modeladas individualmente em cada ator, preservando
assim suas feições. Inclusive, conta-se que eles ficavam tão entusiasmados nas
gravações que ficavam agindo como seus personagens mesmo quando não estavam
gravando.
Nossa
opinião:
Esse filme é
mais uma prova de que filme bom é filme bom sempre, não importa a idade que
tenha. Ainda que o pano de fundo (leia-se Guerra Fria) e a mensagem que o filme
quer passar (tipo, vão devagar com essas armas nucleares aí...) estejam
bastante datados, o filme ainda hoje nos faz refletir sobre como temos tratado
nossa “casa”.
Impossível
não se compadecer de Taylor – e se colocar no lugar dele em meio ao pesadelo
que o personagem está vivendo – graças à boa atuação de Charlton Heston. Isso
sem contar com o carisma de Roddy McDowall e Kim Hunter como Cornelius e Zira;
Linda Harrison, com a sua Nova, mesmo sem dizer uma única palavra demonstra uma
meiguice sem tamanho; e, claro, o conservador Dr. Zaius, que Maurice Evans
soube compor muito bem, como um líder teocrático que quer evitar a todo custo
um colapso nas crenças dos macacos, há muito tempo estabelecidas, além de saber
muito sobre o passado da humanidade. E o que dizer sobre o figurino,
ambientação e maquiagem? Esta última, inclusive, ganhou um Oscar honorário, já
que à época a categoria não existia.
O trailer do
filme também é digno de nota. Ele mostra bem o ambiente caótico que o filme vai
trazer, sem entregar muita coisa. Além de mostrar Charlton Heston apresentando
o elenco e falando sobre o trabalho que foi produzir o filme.
Um outro
material interessante que circula pela internet são filmagens feitas com uma
câmera de mão por Roddy McDowall durante as gravações do filme e mostrando os
bastidores. Inclusive, ele filmou praticamente todo o processo de maquiagem ao
qual ele se submetia para se transformar em Cornelius.
Nas mãos da
Fox, Planeta dos Macacos se transformou numa franquia, ganhando quatro
sequências até 1973, além de uma série de TV com míseros 14 episódios, uma
série animada, um remake em 2001, e um reboot da franquia em 2011 (o qual se
encaminha para o terceiro filme, a ser lançado ainda em 2017). As sequências
dos anos 1970 foram verdadeiros caça-níqueis, se aproveitando do sucesso do
primeiro filme, mas sem conseguir chegar a altura deste.
Fique agora
com algumas imagens!
"Tire suas patas fétidas de mim, seu macaco sujo!"
O.O
Cenas do trailer:
Charlton Heston falando sobre a produção do filme |
Roddy McDowall como Cornelius |
Kim Hunter como Dra. Zira |
Maurice Evans como Dr. Zaius |
Linda Harrison como Nova
Cenas das filmagens feitas por Roddy McDowall nos sets de gravação:
Roddy McDowall e sua câmera Kim Hunter chegando para as gravações
Fotos dos bastidores:
O elenco do filme com Rod Serling (ao centro) e o diretor Franklin J. Schaffner (à direita)
O maquiador John Chambers, que ganhou um Oscar honorário pela maquiagem dos macacos
Logotipo retirado de Fanart.tv
Imagens do filme capturadas de nosso arquivo pessoal
Imagens do trailer e das gravações de Roddy McDowall capturadas de vídeos do YouTube
Fotos de bastidores do site Archives of the Apes Informações retiradas da página da Wikipédia Críticas e análises consultadas: Plano Crítico Cineplayers Boca do Inferno Vortex Cultural |
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