Muito boa noite!
Após quatorze anos, a franquia jurássica volta com força
total!
Ficha
técnica:
Jurassic
World – O Mundo dos Dinossauros
Título
Original: Jurassic World
Ano de
Lançamento: 2015
País: EUA
Direção: Colin
Trevorrow
Produção: Frank
Marshall, Patrick Crowley
Produção
Executiva: Steven Spielberg, Thomas Tull
Roteiro: Colin
Trevorrow e Derek Connolly sobre roteiro original de Rick Jaffa e Amanda Silver
Gênero: Aventura,
Ficção Científica
Elenco: Chris
Pratt, Bryce Dallas Howard, Vincent D’Onofrio, Ty Simpkins, Nick Robinson, B.
D. Wong, Irrfan Khan, Omar Sy, Jake Johnson, Lauren Lapkus, Brian Tee, Katie
McGrath, Judy Greer, Andy Buckley, Eric Edelstein
Efeitos
especiais: Industrial Light & Magic, Legacy FX
Companhias
Produtoras: Amblin Entertainment, Legendary Pictures
Música: Michael
Giacchino
Distribuição:
Universal Pictures
Nossa nota:
5/5
Enredo:
Faz dez anos
que o parque dos dinossauros está aberto, agora sob o nome de Jurassic World,
recebendo cerca de vinte mil pessoas a cada dia. O parque é gerenciado com
punhos de ferro por Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), tão dedicada a seu
trabalho que não tem tempo e nem vontade de ter uma família. Entretanto, ela
irá receber seus sobrinhos Zack (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins) durante
uma semana no parque, enquanto sua irmã Karen (Judy Greer) e seu marido Scott
(Andy Buckley) acertam os detalhes de seu divórcio. Os meninos chegam à ilha
Nublar e são recepcionados pela secretária de Claire, Zara (Katie McGrath), que
está encarregada de levá-los às atrações do parque. Enquanto isso, Claire
atende a três investidores que querem patrocinar uma nova atração do parque,
que foi encomendada à equipe de geneticistas, chefiada novamente pelo Dr. Henry
Wu (B. D. Wong). Trata-se do Indominus Rex, um dinossauro híbrido, contendo
genes de diversas espécies, que o fizeram ser “maior, mais barulhento e com
mais dentes”, e só foi feito porque o parque tem perdido público, já que
dinossauros se tornaram tão comuns quanto quaisquer outros animais. Enquanto
isso, Zack e Gray visitam as atrações, acompanhados por Zara. Os dois encontram
sua tia Claire, que apesar de gostar de vê-los, não os acompanhará por causa do
trabalho, para decepção deles. Na sala de controle, Claire encontra os
operadores, a simpática Vivian (Lauren Lapkus) e o escrachado Lowery (Jake
Johnson), e em seguida encontra o dono do parque, o bilionário indiano Simon
Masrani (Irrfan Khan), que comprou a InGen de John Hammond antes deste falecer
e em seguida a incorporou a seu conglomerado multinacional. Masrani chega na
ilha pilotando o seu próprio helicóptero, para o qual está tirando licença para
pilotar. Aos trancos e barrancos, Masrani, Claire e o instrutor de voo chegam
ao cercado do Indominus Rex, onde Masrani fica bastante preocupado com a
segurança da nova atração, já que o animal cresceu mais que o esperado, é
extremamente agressivo, tentou quebrar os vidros de proteção, pode se camuflar,
e ainda por cima comeu um segundo espécime desenvolvido no laboratório. Por
isso, ele pede a Claire que chame Owen Grady (Chris Pratt), um ex-fuzileiro da
marinha que está na ilha comandando um programa de treinamento com os
velociraptores, ao lado de seu amigo e colega Barry (Omar Sy), para que
inspecione o cercado, e encontre falhas que precisem ser consertadas. No
cercado dos raptores, Owen finalmente consegue que os quatro animais – Blue,
Echo, Charlie e Delta – depois de muitas tentativas, obedeçam estritamente a
seus comandos. Quem está assistindo a tudo é o chefe da segurança da InGen, Vic
Hoskins (Vincent D’Onofrio), que tenta convencer Owen a fazer um teste de campo
com os raptores, para provar que eles seriam verdadeiras armas vivas para uso
militar, ao que Owen recusa. No parque, Zack e Gray resolvem aproveitar a
distração de Zara e vão andar pelo lugar por conta própria, indo às atrações do
fantástico mosassauro, o réptil marinho, e de Rexy, o tiranossauro, que está na ilha desde 1992.
Enquanto isso, Claire vai ao encontro de Owen em seu bangalô – muito a
contragosto, já que os dois tiveram um relacionamento mal resolvido. Ao
chegarem no cercado do Indominus, os sensores térmicos não localizam o animal,
que parece ter fugido do lugar. Claire vai à sala de controle, enquanto aciona
Lowery e Vivian para que localizem o animal através do implante de
rastreamento. Owen e dois funcionários inspecionam a jaula, e são avisados de
que o Indominus ainda está lá. Eles tentam fugir, mas Indominus aparece na
frente deles e devora um dos funcionários. O outro consegue sair, seguido de
Owen, que se esconde embaixo de um caminhão. O fechamento dos portões é
ativado, mas já é tarde: Indominus está solto, e logo de cara, devora o outro
funcionário e em seguida é despistado por Owen. Claire chega na sala de
controle e Masrani ordena que a tropa de contenção capture Indominus com armas
não letais, já que não quer ver sua atração mais cara morrer. Barry e Hoskins
são avisados da fuga, ao que Hoskins avisa alguém de que essa é uma boa
oportunidade de testar os raptores em campo. Na sala de controle, Owen alerta
que o animal é muito inteligente, já que fingiu ter fugido para que o portão
fosse aberto. Camuflando-se entre as árvores, Indominus mata um por um os
membros da tropa de contenção. Owen pede que a ilha seja esvaziada e o animal,
morto. Claire pede que aos poucos as atrações sejam suspensas e os turistas
levados para o centro da ilha. Zack e Gray estão na girosfera, um veículo que
passeia entre os herbívoros do parque. A atração é fechada e eles ficam para
trás. Masrani cobra explicações do dr. Wu, que alega ter tido aval do próprio
Masrani para construir o Indominus da maneira que quisesse, o que deu ao animal
características das várias espécies que compõem seu DNA: inteligência
altíssima, camuflagem, variação térmica, entre outras coisas. Zack e Gray entram
na área restrita do parque, e Claire entra em desespero por não conseguir falar
com eles, e pede ajuda a Owen para ir encontra-los. Indominus ataca os meninos
na girosfera, mas eles escapam pulando de uma cachoeira, enquanto Claire e Owen
seguem a pista deles, encontrando vários apatossauros mortos, mostrando que
Indominus mata apenas por diversão. Os meninos encontram as ruínas do antigo
Jurassic Park, e consertam um dos jipes para conseguirem voltar ao parque.
Hoskins chega com as tropas de segurança da InGen e tenta convencer Masrani a
usar os raptores para capturar Indominus, que por sua vez, recusa. Com a falta
de outro piloto, Masrani decide acoplar a mais potente metralhadora do parque
em seu helicóptero e ir ele mesmo atrás do Indominus. O bicho invade o aviário
do parque, libertando os pterossauros que derrubam o helicóptero de Masrani, e
agora se dirigem à parte central do parque. Os meninos voltam para lá, onde
encontram Zara. A rua principal vira um verdadeiro caos com os pterossauros
atacando os turistas. Um deles captura Zara e a derruba na lagoa do mosassauro,
que a engole viva. Os meninos se juntam a Owen e Claire, enquanto Hoskins
dispensa todo o pessoal da sala de controle, tomando conta da situação. A noite
cai, e não existe outra possibilidade de capturar Indominus sem ser usar os
raptores para isso. Mas esses se voltam contra Owen e os demais após o
Indominus se comunicar com eles. Um violento tiroteio começa, enquanto
Indominus foge entre as árvores. Hoskins liga para Wu e pede que este deixe a
ilha o mais rápido possível, levando os embriões dos dinossauros, já que o
plano deles deu errado. Owen, Claire e os meninos voltam ao parque e vão para o
laboratório, onde Hoskins deixa claro o plano dele e de Wu para produzir
“mini-Indominus” para serem usados como armas de guerra. Nesse momento, um
raptor invade a sala e mata Hoskins. Os outros fogem para a rua e são cercados
por três raptores, já que um morreu no tiroteio. Owen consegue reconquistar a
confiança de Blue e dos outros raptores, enquanto Indominus se aproxima. Owen
ordena que os raptores o ataquem enquanto atira nele, mas dois são mortos e
Blue é ferida. Claire e os meninos se abrigam em uma das lojas, até que Gray
sugere que são necessários mais dentes para deter Indominus. Claire então pega
um sinalizador e pede, via rádio, que Lowery abra o portão do cercado 9, onde
fica Rexy, o tiranossauro fêmea. Claire usa o sinalizador para guia-la até o
Indominus, e os dois travam uma violenta luta. Quando Rexy está prestes a ser
morta, Blue aparece e distrai o Indominus, dando tempo para que Rexy se
recomponha e volte a brigar. Rexy e Blue o empurram até o parapeito da lagoa do
mosassauro, que salta da água e abocanha Indominus, o levando para o fundo.
Rexy e Blue tomam cada uma seu caminho, enquanto Owen, Claire e os meninos
contemplam o parque semi-destruído. No dia seguinte, os turistas estão todos
reunidos em um grande saguão recebendo cuidados médicos, onde os pais dos
meninos os encontram, junto de Claire. Ela e Owen então decidem ficar juntos.
Se vê então um panorama do parque, onde Rexy sobe no heliponto, observa o
parque e solta um potente rugido, mostrando que ainda é a rainha da ilha.
Desenvolvimento
e produção:
Depois de Jurassic Park 3, muito se especulou por
praticamente dez anos a respeito de um quarto filme para a franquia. Um roteiro
escrito por William Monahan, e mais tarde reescrito por John Sayles, chegou a
entrar em fase de pré-produção, mas a produção, de fato, foi adiada por vários
anos em razão de muitas revisões pelas quais o roteiro passava, porque não
agradavam muito a Spielberg, que novamente seria produtor. Sem nada concreto
entrando em produção até 2008, o projeto foi definitivamente cancelado.
A produção
só foi ganhar um novo fôlego em 2011, com a contratação de Rick Jaffa e Amanda
Silver para escreverem o roteiro. Dois anos depois, Colin Trevorrow foi
anunciado como diretor, enquanto que os efeitos especiais ficariam a cargo da
Industrial Light & Magic, que produziu os efeitos dos filmes anteriores.
Ainda em 2013, o filme foi anunciado oficialmente com o nome de Jurassic World, com estreia marcada para
junho de 2015.
As filmagens
ocorreram na ilha havaiana de Kauai e também em Nova Orleans, em um complexo da
NASA e no parque temático abandonado Six Flags. Para compor a sala de controle
do parque, Colin Trevorrow e Patrick Crowley visitaram as salas de controle de
parques da Disney e da Universal, mas ficaram bastante decepcionados com o
visual simples e sem graça, e decidiram por fazer a sala do filme mais bem elaborada
que a realidade.
Os
dinossauros teriam sido completamente criados por CGI, mas Trevorrow insistiu
que pelo menos um fosse feito com animatrônicos, por causa dos fãs da franquia.
O tiranossauro é o mesmo do primeiro filme, porém agora com uma aparência mais
envelhecida. Uma grande controvérsia se criou em torno do visual dos
dinossauros, que não são cientificamente acurados, já que desde o terceiro
filme, muitas descobertas paleontológicas foram feitas, como os raptores tendo
penas. Entretanto, o próprio filme se encarrega de explicar isso num diálogo
entre Dr. Wu e Masrani: o DNA dos dinossauros é preenchido com genes de outros
animais; caso fossem puros seriam bem diferentes. O híbrido foi chamado
inicialmente de Diabolus Rex, como
forma de manter um pouco o sigilo.
O filme
arrecadou uma bilheteria astronômica, ultrapassando a marca de um bilhão de
dólares com menos de duas semanas de exibição, e hoje está consolidado como a
quarta maior bilheteria da história, sendo também a maior bilheteria da franquia
e a quarta sequência mais rentável de todos os tempos.
Nossa
opinião:
É complicado
falar de Jurassic World. Comecei a acompanhar o desenvolvimento desde um ano
antes do lançamento, e isso consequentemente me levou a assistir aos três
primeiros filmes, despertando minha admiração por essa franquia. Também foi com
Jurassic World que rompi um hiato de mais de dez anos sem ir ao cinema, e posso
dizer que essa “reestreia” não poderia ter sido melhor.
Jurassic World é um filme excelente, que
conseguiu dar todo um novo fôlego para a franquia. Mesmo com a mão pesada de
Spielberg na produção, o diretor Colin Trevorrow revelou-se como um dos nomes
mais promissores do cinema, já que Jurassic
World é apenas o seu segundo trabalho como diretor, que antes havia feito
apenas um filme independente, Sem
Segurança Nenhuma (Safety is not Guaranted).
O filme
também é uma homenagem escancarada ao primeiro filme, já que tropeçamos em
referências a todo instante. Cita-se como exemplo o portão do parque, a
camiseta usada por Lowery, e as presenças do Dr. Wu e de Rexy. Outro elemento
que marca presença são as ruínas do parque antigo que, se por um lado enchem os
olhos de quem vê, por outro soam exageradas, parecendo que o lugar está
abandonado há milhares de anos. As referências são tantas que houve até rumores
de que o segundo e terceiro filmes seriam desconsiderados, mas isso não é
verdade.
Para se
manter fiel à tradição da franquia, temos novamente crianças em apuros e casais
com problemas de relacionamento, além de uma série de situações absurdas, como
fósforos que acendem mesmo estando encharcados, os dois irmãos consertando o
motor de um jipe parado há mais de vinte anos, e a mais gritante de todas:
Claire correndo pra cima e pra baixo com seus saltos. Mas mesmo tendo esses
clichês, o filme não deixa de inovar. Por exemplo, esse é o primeiro filme da
franquia que não começa com alguma desgraça (a menos que você considere o
nascimento do Indominus como tal), é o primeiro com uma cena de beijo, e também
o primeiro onde uma mulher morre vítima de algum animal do parque – nesse caso,
por uma outra novidade, o mosassauro, que é um réptil aquático.
Muita gente
meio que torceu o nariz quando se divulgou que haveria raptores treinados, já
que nos outros filmes eles eram indomáveis. Aqui também o são, basta um
movimento mais brusco para que eles ataquem. O que também amedrontou os fãs foi
a inserção de um dinossauro híbrido. Mas creia, poderia ter sido muito pior,
como visto em algumas artes conceituais feitas nos anos 2000, provavelmente
para um daqueles roteiros descartados: híbridos de humanos e dinossauros, sendo
que alguns teriam armas no lugar dos braços (!). Apesar de também ter um CGI de
primeira linha, em algumas cenas os dinossauros soam um pouco artificiais se comparados
com os outros filmes. Entretanto, os animais foram muito bem construídos, sendo
modelados em camadas, do osso à pele, conforme visto em um vídeo divulgado pela
ILM.
Falemos do
Indominus. Na divulgação do filme, falava-se que ele teria seu DNA base
semelhante a um tiranossauro, tendo também genes de rugops e majungassauro. Mas
no filme é revelado que ele possui genes de várias outras espécies, que lhe
permitem se camuflar, variar sua temperatura corporal, sentir variação térmica,
além de ter uma inteligência fora do comum para um dinossauro – o que me faz
pensar se ele realmente morreu no fim do filme...
O elenco
estelar também contribuiu e muito para a popularidade do filme. Atores de gabarito,
como Irrfan Khan, Omar Sy e Vincent D’Onofrio, além do alívio cômico de Jake
Johnson, do novo queridinho de Hollywood Chris Pratt e de Bryce Dallas Howard,
conseguem dar sustentabilidade à história, sendo que B. D. Wong foi o único
ator de filmes anteriores (no caso, do primeiro) a voltar para essa sequência,
o que decepcionou um pouco os fãs, que queriam muito ver Ian Malcolm ou Alan
Grant de novo.
Apesar de
não ter sido sequer indicado a nenhuma categoria do Oscar, Jurassic World teve
arrecadação bilionária, o que garantiu uma sequência, oficialmente chamada Jurassic World – Fallen Kingdom (Jurassic World – Reino Caído, em
tradução livre), e que está em fase de produção, já teve uma imagem oficial e
seu pôster divulgados, e tem estreia marcada para junho de 2018.
Considerações
sobre a franquia:
Jurassic
Park conseguiu se firmar como uma das franquias mais amadas do cinema. E, mesmo
com vários anos sem nenhum lançamento nos cinemas, provou sua força com o
lançamento do quarto filme, além de, nesses anos todos, ter dado origem a video-games,
revistas em quadrinhos, brinquedos e vários outros produtos. O que chateia é
pensar que uma série animada que continuava o primeiro filme foi cancelada em 1994,
tendo apenas artes conceituais divulgadas na internet muitos anos depois.
Há que se
considerar também que os filmes possuem diversas lacunas (pra não dizer
inconsistências) entre si, que tornam difícil a compreensão da sequência dos
eventos por parte de quem não tem acesso a material adicional. Não por acaso,
essas lacunas são maiores entre o terceiro e o quarto filme. Por exemplo, o que
teria acontecido com os pterossauros que escaparam da ilha Sorna ao fim de
Jurassic Park 3? Isso só foi explicado em sites de publicidade viral que foram
criados para divulgação de Jurassic World, e a explicação foi a de que Hoskins
e as tropas de segurança da InGen abateram os animais no Canadá. Seria muito interessante
se fizessem uma série de TV contando o que aconteceu entre os filmes,
principalmente para o público leigo.
Agora é
conter a expectativa para o quinto filme, Jurassic
World – Fallen Kingdom, que estreia daqui a pouco menos de um ano. Chega
logo, 2018!
Fique agora
com algumas imagens!
Fotos de bastidores:
Página na Wikipédia (em inglês)
Críticas:
Plano Crítico
Cineplayers
Pôsteres originais de cinema |
Fotos de bastidores:
Phil Tippet e Colin Trevorrow |
Equipe dos artistas responsáveis pela recriação do antigo centro de visitantes |
O ator Brian Tee |
Ty Simpkins e seu dublê |
Captura de movimento |
Página na Wikipédia (em inglês)
Críticas:
Plano Crítico
Cineplayers
CHEGA LOGO, 2018! |
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