sábado, 15 de julho de 2017

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (2008)



Muito boa noite!

Depois de 19 anos, Indiana Jones retorna aos cinemas!

Ficha técnica:
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Título Original: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
Ano de Lançamento: 2008
País: EUA
Direção: Steven Spielberg
Produção: Frank Marshall
Produção Executiva: George Lucas e Kathleen Kennedy
Roteiro: David Koepp
Gênero: Aventura
Elenco: Harrison Ford, Cate Blanchett, Karen Allen, Shia LaBeouf, Ray Winstone, John Hurt, Jim Broadbent
Orçamento: US$185.000.000,00
Receita: US$786.636.033,00
Companhias Produtoras: Lucasfilm Ltd.
Música: John Williams
Distribuição: Paramount Pictures

Nossa nota: 4/5

Enredo:
Em 1957, o agora veterano de guerra Indiana Jones (Harrison Ford) e seu companheiro e amigo George “Mac” MacHale são capturados por agentes soviéticos liderados pela coronel Dra. Irina Spalko (Cate Blanchett) e levados até um gigantesco depósito do exército americano, onde Spalko quer que Jones encontre os restos mortais de um alienígena que teria morrido ao cair com sua nave em Roswell, Novo México, dez anos antes, o qual poderia dar poderes paranormais a quem o possuir. Após encontrarem o corpo do alien usando pólvora, já que ele é magnético, Jones consegue dominar a situação para livrar a si e a Mac, para logo em seguida descobrir que seu amigo se vendeu aos soviéticos. Após uma grande perseguição, Jones consegue escapar do lugar ao cair em um dispositivo experimental de altíssima velocidade. Depois de perambular a noite toda pelo deserto, encontra uma cidadezinha estranhamente deserta, até que percebe que ela será usada para testes nucleares. Ele se abriga em uma geladeira revestida com chumbo, que é arremessada a quilômetros de distância. Ao ser resgatado pela CIA, é interrogado sobre suas ligações com Mac, que o colocam sob suspeita de traição, mesmo durante a guerra. Isso, inclusive, o acaba afastando de suas atividades na universidade. Decide então ir embora. Na estação, já dentro do trem, é encontrado pelo jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que alega que o velho amigo de Jones, o arqueólogo Harold Oxley (John Hurt) desapareceu, depois de ter encontrado uma suposta caveira de cristal. Antes de desaparecer, porém, deixou com a mãe de Mutt, a quem ajudou a criar o rapaz depois que o pai morreu na guerra, uma carta contendo inscrições que ajudariam a localizar a tal caveira. Ele queria levar a caveira a Akator, uma cidade mítica no interior da Amazônia, a qual a tribo Ugha teria construído com ouro maciço. Mutt recebeu uma estranha carta de sua mãe, que Oxley lhe enviou no Peru, e que dá indicações da localização da caveira, que foi escondida por Oxley. Depois de serem perseguidos por agentes soviéticos, Jones e Mutt decifram a carta, que indica que a caveira está em Nazca, no Peru, e partem para lá. Descobrem então que Oxley perdeu a razão e foi levado do sanatório onde estava pelos soviéticos. Com as inscrições que deixou rabiscadas no chão da cela, Jones e Mutt chegam ao túmulo do explorador espanhol Francisco de Orellana, que se perdeu na selva há séculos procurando Akator. Junto dele estava a fantástica caveira de cristal, a qual Oxley tanto insistia para “retornar” – no caso, a Akator. Ao saírem, são capturados por Mac e os soviéticos e levados para a ilha Aramacá, no interior da Amazônia. Lá, Spalko diz que a caveira é a chave para se conseguir poderes psíquicos jamais imaginados, que serão usados pelos soviéticos como armas mentais, das quais nenhum exército poderia escapar – a caveira pertence a seres como o que caiu em Roswell, os quais foram os responsáveis pela construção de Akator. Ou seja, quem devolver a caveira, controlará seus poderes. Jones então encontra com Oxley, totalmente fora de si por causa da caveira. Com o “transe” de Oxley e a interpretação de Jones, Spalko pretende chegar a Akator. Já desamarrado, Jones reencontra Mutt e a mãe dele – ninguém menos que Marion Ravenwood (Karen Allen), o grande amor da vida de Jones, quem Spalko usará para pressionar Jones a ajudar na busca pela cidade perdida. Depois de armarem uma confusão no acampamento soviético, Jones, Mutt, Marion e Oxley escapam na floresta, mas Jones e Marion caem numa areia movediça. Enquanto Mutt e Oxley vão tentar buscar ajuda para tirá-los de lá, Marion confessa a Jones que Mutt é seu filho. Eles todos são novamente capturados e levados floresta adentro em direção a Akator. No caminho eles enfrentam, além dos próprios soviéticos, penhascos vertiginosos, macacos, cachoeiras e formigas carnívoras. Junto com eles está agora Mac, que se revelou um agente duplo da CIA. Após caírem das cachoeiras, levando consigo a caveira, eles finalmente encontram Akator. Ao entrarem na cidade, são perseguidos pela tribo Ugha, mas estes desistem de persegui-los quando veem a caveira. Depois de quebrarem um intrincado sistema milenar de engrenagens, conseguem finalmente entrar no palácio principal, onde a caveira deverá ser devolvida. No encalço deles estão Spalko e seus homens, que seguem pistas estranhamente deixadas pelo caminho. Na antessala do palácio, Jones e os outros encontram inúmeros e valiosos artefatos de várias culturas de várias épocas e lugares da Antiguidade, que foram coletados pelas criaturas que construíram Akator. Todos avançam no caminho, mas o ganancioso Mac fica para trás catando todos os tesouros que consegue. A caveira é usada para abrir o acesso à sala principal, onde estão em roda treze esqueletos de cristal, sendo que um deles está sem cabeça – que é a caveira encontrada por Oxley. Quando a caveira vai ser recolocada, Mac chega trazendo os soviéticos – foi ele quem havia deixado pistas para que os vilões os encontrassem – além de revelar que mentiu ao dizer ser um agente duplo. Fascinada com o que vê, Spalko recoloca a caveira no lugar. Segundo ela, as criaturas, apesar de fisicamente separadas, possuem consciência coletiva. A seguir, as criaturas se comunicam através de Oxley, dizendo que estão muito agradecidos e querem dar a eles um grande presente. Spalko exige conhecer tudo o que os seres sabem. Todo o lugar começa a tremer e desmoronar. Oxley recupera sua sanidade, e explica que as criaturas não são extraterrestres, mas sim seres interdimensionais. Um portal para outra dimensão começa a se abrir acima deles e a sugar tudo o que estiver pelo caminho. Temendo pelo pior, Jones e seus amigos saem do lugar, enquanto Mac continua para trás coletando joias. Os soldados e Mac são sugados pelo portal, enquanto Spalko continua lá, pronta para receber todo o conhecimento das criaturas. Ela começa a receber o conhecimento delas, enquanto os esqueletos se fundem em uma única criatura. O poder é tão forte que Spalko se desintegra. Jones, Marion, Mutt e Oxley saem se Akator por um gêiser, e do alto observam a cidade se desfazer. Debaixo dos escombros, surge o enorme disco voador das criaturas, que voltam para o espaço interdimensional. Depois de um tempo, Jones e Marion finalmente se casam. Depois da cerimônia, o vento lança o chapéu de Jones nos pés de Mutt. Quando este vai colocá-lo na cabeça, Jones o pega, mostrando que ainda tem fôlego para mais aventuras.

Desenvolvimento e produção:
Na década de 1970, George Lucas assinou com a Paramount a produção de cinco filmes com Indiana Jones. Porém, após o lançamento de Indiana Jones e a Última Cruzada, Lucas não conseguiu pensar numa história que conseguisse gerar novos filmes, e a cinessérie foi encerrada ali mesmo, preferindo ele investir na série O Jovem Indiana Jones (The Young Indiana Jones Chronicles), que mostrava a infância e adolescência do personagem. Quando Harrison Ford participou de um episódio, Lucas pensou em uma história ambientada nos anos 1950, tendo como pano de fundo invasões alienígenas, prestando uma homenagem aos filmes “B” de ficção científica da referida época – tal qual os demais filmes homenagearam os seriados de aventura dos anos 1930. Ford detestou essa ideia, bem como Spielberg. Lucas apareceu em 1994 com um roteiro desenvolvido por Jeb Stuart, onde Jones está casado, e Josef Stalin quer fazer uma guerra psíquica, onde os vilões seriam, obviamente, os soviéticos e também alienígenas com poderes paranormais. O escritor Jeffrey Boam complementou essas ideias, terminando em 1996 – ano de lançamento de Independence Day. Lucas e Spielberg desistiram da ideia, não querendo então fazer mais um filme de invasão extraterrestre. Lucas então resolveu se concentrar nas prequelas da franquia Star Wars.
Em 2000, o filho de Spielberg perguntou ao pai quando o quarto filme de Indiana Jones seria feito. Isso despertou em Spielberg a vontade de dirigir um novo filme do personagem. Encontrando então com Lucas, Ford, e os produtores Frank Marshall e Kathleen Kennedy durante uma premiação que Ford iria receber, todos ficaram bem motivados a gravar um novo filme. Lucas conseguiu convencer Spielberg a usar os aliens no filme, não como sendo “extraterrestres”, mas sim “seres interdimensionais”. A ideia de incluir a caveira de cristal veio de um episódio não produzido de O Jovem Indiana Jones. Entre as várias ideias estavam batalhas climáticas entre o exército americano e os discos voadores, ex-nazistas protegidos por Juan Perón e Indiana Jones como um coronel da reserva.
O filme foi inteiramente gravado nos Estados Unidos, já que Spielberg queria ficar mais perto de sua família. Ao contrário dos filmes anteriores, este possui quase 450 cenas com CGI, em detrimento dos efeitos práticos. Com as facilidades da época, os próprios atores poderiam fazer cenas mais arriscadas, que em tempos mais antigos exigiriam dublês. Harrison Ford e Cate Blanchett chegaram a fazer algumas dessas cenas mais complexas estando presos a cabos de segurança, que foram removidos digitalmente na pós-produção. Para recriar digitalmente a floresta amazônica, uma equipe foi enviada para lá para fotografar as paisagens, que serviriam de base para os desenvolvedores. O uso de CGI foi tão intenso que até mesmo as marmotas vistas no começo do filme foram criadas por computador. A trilha sonora do filme foi assinada novamente pelo grande John Williams.
Outra grande preocupação foi sobre como manter o máximo de segredo sobre o filme antes de seu lançamento, já que, com a internet, ficaria muito fácil para os fãs descobrirem detalhes importantes sobre o projeto. Uma das medidas foi registrar na Motion Picture Association of America (Associação de Cinema dos EUA) cinco títulos falsos: Indiana Jones and the City of Gods (Indiana Jones e a Cidade dos Deuses), Indiana Jones and the Destroyer of Worlds (Indiana Jones e o Destruidor de Mundos), Indiana Jones and the Fourth Corner of the World (Indiana Jones e o Quarto Canto do Mundo), Indiana Jones and the Lost City of Gold (Indiana Jones e a Cidade de Ouro Perdida) e Indiana Jones and the Quest for Covenant (Indiana Jones e a Busca pela Aliança).
O filme foi um grande sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 700 milhões de dólares mundialmente (é o filme mais lucrativo da franquia, sem ajustes de inflação), sendo também muito bem recebido pela crítica. Porém, alguns fãs ficaram bastante desapontados com algumas cenas que, segundo eles, soam absurdas mesmo em se tratando de Indiana Jones.

Nossa opinião:
Quando vi Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal nunca tinha visto os filmes anteriores. Aliás, esse filme já cansou de reprisar em canais pagos, e foi nessas reprises que o conheci. Meu pai sempre dizia “os antigos eram melhores”, “por que não passam os antigos?”, “os antigos eram muito melhores”. E pode ter certeza: se seu pai dizer isso, é porque ele está certo. Mas como sou um filho desconfiado, resolvi ver os filmes e caí do cavalo quando percebi que ele tinha razão. Mas isso em nenhum momento quer dizer que o filme em questão é ruim, porque não é. Como já disse em outras postagens, o importante é ver o contexto no qual o filme foi produzido. Logo, com um hiato de dezenove anos entre o terceiro e o quarto filme era natural que inovações acontecessem.
Quanto aos atores, todos estavam muito bem em seus papeis. Nem parece que se passaram dezenove anos desde a última vez que Harrison Ford interpretou seu mais famoso personagem, já que ele não perdeu o jeito em nenhum momento. Agora, quem merecia um prêmio nesse quesito é Karen Allen, que nos mostra uma Marion Ravenwood tão independente e forte como em sua primeira aparição, em 1981. Merecia um prêmio já que ela só interpretou a personagem uma vez antes desse filme, enquanto Harrison interpretou três vezes. Uma pena não vermos no filme Marcus Brody e o professor Henry Jones, já que Denholm Elliot faleceu em 1992 e Sean Connery não quis sair de sua aposentadoria. Porém seus personagens foram lembrados, tendo falecido em anos anteriores à história do filme. A grande vilã da vez é a soviética Irina Spalko, interpretada por Cate Blanchett, que fez um belo trabalho. Já a ideia de dar um filho a Indiana Jones foi um gancho muito bem sacado para futuros filmes, onde ele poderia ocupar o lugar do seu pai.
Também aqui situações absurdas marcam presença. Mas o expoente maior disso é aquela famigerada cena com a geladeira revestida com chumbo, que conseguiu extrapolar qualquer limite de absurdo, mesmo em se tratando de um filme de Indiana Jones. Cabe aqui também a perseguição na cidade, terminando com os personagens andando de moto por dentro da universidade.
Porém, o filme só não ganha uma nota máxima de nós por causa de seu excessivo uso de CGI. Várias cenas ficaram muito artificiais por causa dos efeitos especiais, como Mutt e Spalko lutando com espadas em cima dos carros em plena floresta (sem contar o absurdo da cena, por si só), embora a reconstrução digital da floresta amazônica tenha ficado muito bem feita. Ah, e não há formigas siafu na floresta amazônica, elas só são encontradas na África.
Não há como negar que o chamariz para esse filme foi a nostalgia. O filme todo tem um ar nostálgico, o que se pode ver em vários momentos – como na rápida aparição da Arca da Aliança. E, mesmo que tenha tido uma certa “modernizada”, o filme consegue cumprir seu objetivo de entreter e enriquecer ainda mais o universo de Indiana Jones.


Considerações sobre a franquia:
Quem diria que um filme que foi feito de uma maneira um tanto despretensiosa, como uma homenagem aos clássicos de aventura dos cinemas dos anos 1930 se tornaria uma das franquias mais amadas do cinema? De fato, Indiana Jones conseguiu se consagrar como um dos personagens mais queridos do cinema, ao ponto de aparecer em várias listas dos melhores heróis da Sétima Arte. Um herói humano, que comete erros, toma decisões estúpidas, é mulherengo, sente medo, se mete nas piores enrascadas, mas consegue se safar sempre, mesmo que às vezes conte apenas com o acaso para isso.
Surgido das mentes de George Lucas e de vários escritores e colaboradores que apareceram pelo caminho na produção dos filmes, Indiana Jones não ficou apenas no cinema. Uma série de TV chamada O Jovem Indiana Jones (The Young Indiana Jones Chronicles), que mostrava a infância e a adolescência do personagem, mostrou o surgimento de vários elementos que moldariam o caráter e a personalidade de Jones.
Por fim, um quinto filme do personagem, ainda sem título, está para estrear em 2019, trazendo novamente Harrison Ford no papel do personagem e Steven Spielberg na direção. Será o primeiro filme de Indiana Jones feito após a milionária aquisição da Lucasfilm Ltd. pela Disney, em 2009. Ficaremos no aguardo para ver o que vem por aí!



Fique agora com algumas imagens!




























































































































Pôster original de cinema

Fotos de bastidores:





George Lucas, Harrison Ford e Steven Spielberg





















Karen Allen e Steven Spielberg






Da esquerda para a direita: Karen Allen, Ray Winstone, John Hurt, Shia LaBeouf, George Lucas, Steven Spielberg, Harrison Ford e Cate Blanchett

Na première do filme em Cannes, da direita para a esquerda: Cate Blanchett, Karen Allen, Harrison Ford e sua esposa Calista Flockhart, George Lucas e sua esposa Mellody Hobson, e Steven Spielberg e sua esposa, a atriz Kate Capshaw.



Críticas e análises
Cinema em Cena 

Um comentário:

  1. Boa dica de cinema! Eu adoro o trabalho de Steven Spielberg mas eu recomendo mais o seu trabalho no género de drama. Um dos melhores filmes é The Post. Para mim é um dos melhores do gênero. Mais que filme de drama, é um filme de suspense, todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá. O The Post a Guerra Secreta filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver com os filmes de Steven Spielberg. O filme superou as minhas expectativas, realmente o recomendo.

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