Muito boa noite!
Depois de 19 anos, Indiana Jones retorna aos cinemas!
Ficha
técnica:
Indiana
Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Título Original: Indiana Jones and
the Kingdom of the Crystal Skull
Ano de
Lançamento: 2008
País: EUA
Direção: Steven
Spielberg
Produção: Frank
Marshall
Produção
Executiva: George Lucas e Kathleen Kennedy
Roteiro: David
Koepp
Gênero: Aventura
Elenco: Harrison Ford, Cate
Blanchett, Karen Allen, Shia LaBeouf, Ray Winstone, John Hurt, Jim Broadbent
Orçamento:
US$185.000.000,00
Receita: US$786.636.033,00
Companhias
Produtoras: Lucasfilm Ltd.
Música: John Williams
Distribuição: Paramount Pictures
Nossa nota: 4/5
Enredo:
Em 1957, o
agora veterano de guerra Indiana Jones (Harrison Ford) e seu companheiro e
amigo George “Mac” MacHale são capturados por agentes soviéticos liderados pela
coronel Dra. Irina Spalko (Cate Blanchett) e levados até um gigantesco depósito
do exército americano, onde Spalko quer que Jones encontre os restos mortais de
um alienígena que teria morrido ao cair com sua nave em Roswell, Novo México,
dez anos antes, o qual poderia dar poderes paranormais a quem o possuir. Após
encontrarem o corpo do alien usando pólvora, já que ele é magnético, Jones
consegue dominar a situação para livrar a si e a Mac, para logo em seguida
descobrir que seu amigo se vendeu aos soviéticos. Após uma grande perseguição,
Jones consegue escapar do lugar ao cair em um dispositivo experimental de
altíssima velocidade. Depois de perambular a noite toda pelo deserto, encontra
uma cidadezinha estranhamente deserta, até que percebe que ela será usada para
testes nucleares. Ele se abriga em uma geladeira revestida com chumbo, que é
arremessada a quilômetros de distância. Ao ser resgatado pela CIA, é
interrogado sobre suas ligações com Mac, que o colocam sob suspeita de traição,
mesmo durante a guerra. Isso, inclusive, o acaba afastando de suas atividades
na universidade. Decide então ir embora. Na estação, já dentro do trem, é
encontrado pelo jovem Mutt Williams (Shia LaBeouf), que alega que o velho amigo
de Jones, o arqueólogo Harold Oxley (John Hurt) desapareceu, depois de ter
encontrado uma suposta caveira de cristal. Antes de desaparecer, porém, deixou
com a mãe de Mutt, a quem ajudou a criar o rapaz depois que o pai morreu na
guerra, uma carta contendo inscrições que ajudariam a localizar a tal caveira.
Ele queria levar a caveira a Akator, uma cidade mítica no interior da Amazônia,
a qual a tribo Ugha teria construído com ouro maciço. Mutt recebeu uma estranha
carta de sua mãe, que Oxley lhe enviou no Peru, e que dá indicações da
localização da caveira, que foi escondida por Oxley. Depois de serem
perseguidos por agentes soviéticos, Jones e Mutt decifram a carta, que indica
que a caveira está em Nazca, no Peru, e partem para lá. Descobrem então que
Oxley perdeu a razão e foi levado do sanatório onde estava pelos soviéticos.
Com as inscrições que deixou rabiscadas no chão da cela, Jones e Mutt chegam ao
túmulo do explorador espanhol Francisco de Orellana, que se perdeu na selva há
séculos procurando Akator. Junto dele estava a fantástica caveira de cristal, a
qual Oxley tanto insistia para “retornar” – no caso, a Akator. Ao saírem, são
capturados por Mac e os soviéticos e levados para a ilha Aramacá, no interior
da Amazônia. Lá, Spalko diz que a caveira é a chave para se conseguir poderes
psíquicos jamais imaginados, que serão usados pelos soviéticos como armas
mentais, das quais nenhum exército poderia escapar – a caveira pertence a seres
como o que caiu em Roswell, os quais foram os responsáveis pela construção de
Akator. Ou seja, quem devolver a caveira, controlará seus poderes. Jones então
encontra com Oxley, totalmente fora de si por causa da caveira. Com o “transe”
de Oxley e a interpretação de Jones, Spalko pretende chegar a Akator. Já desamarrado,
Jones reencontra Mutt e a mãe dele – ninguém menos que Marion Ravenwood (Karen
Allen), o grande amor da vida de Jones, quem Spalko usará para pressionar Jones
a ajudar na busca pela cidade perdida. Depois de armarem uma confusão no
acampamento soviético, Jones, Mutt, Marion e Oxley escapam na floresta, mas
Jones e Marion caem numa areia movediça. Enquanto Mutt e Oxley vão tentar
buscar ajuda para tirá-los de lá, Marion confessa a Jones que Mutt é seu filho.
Eles todos são novamente capturados e levados floresta adentro em direção a
Akator. No caminho eles enfrentam, além dos próprios soviéticos, penhascos
vertiginosos, macacos, cachoeiras e formigas carnívoras. Junto com eles está
agora Mac, que se revelou um agente duplo da CIA. Após caírem das cachoeiras,
levando consigo a caveira, eles finalmente encontram Akator. Ao entrarem na
cidade, são perseguidos pela tribo Ugha, mas estes desistem de persegui-los
quando veem a caveira. Depois de quebrarem um intrincado sistema milenar de
engrenagens, conseguem finalmente entrar no palácio principal, onde a caveira
deverá ser devolvida. No encalço deles estão Spalko e seus homens, que seguem
pistas estranhamente deixadas pelo caminho. Na antessala do palácio, Jones e os
outros encontram inúmeros e valiosos artefatos de várias culturas de várias
épocas e lugares da Antiguidade, que foram coletados pelas criaturas que
construíram Akator. Todos avançam no caminho, mas o ganancioso Mac fica para
trás catando todos os tesouros que consegue. A caveira é usada para abrir o
acesso à sala principal, onde estão em roda treze esqueletos de cristal, sendo
que um deles está sem cabeça – que é a caveira encontrada por Oxley. Quando a
caveira vai ser recolocada, Mac chega trazendo os soviéticos – foi ele quem
havia deixado pistas para que os vilões os encontrassem – além de revelar que
mentiu ao dizer ser um agente duplo. Fascinada com o que vê, Spalko recoloca a
caveira no lugar. Segundo ela, as criaturas, apesar de fisicamente separadas,
possuem consciência coletiva. A seguir, as criaturas se comunicam através de
Oxley, dizendo que estão muito agradecidos e querem dar a eles um grande
presente. Spalko exige conhecer tudo o que os seres sabem. Todo o lugar começa
a tremer e desmoronar. Oxley recupera sua sanidade, e explica que as criaturas
não são extraterrestres, mas sim seres interdimensionais. Um portal para outra
dimensão começa a se abrir acima deles e a sugar tudo o que estiver pelo
caminho. Temendo pelo pior, Jones e seus amigos saem do lugar, enquanto Mac
continua para trás coletando joias. Os soldados e Mac são sugados pelo portal,
enquanto Spalko continua lá, pronta para receber todo o conhecimento das
criaturas. Ela começa a receber o conhecimento delas, enquanto os esqueletos se
fundem em uma única criatura. O poder é tão forte que Spalko se desintegra.
Jones, Marion, Mutt e Oxley saem se Akator por um gêiser, e do alto observam a
cidade se desfazer. Debaixo dos escombros, surge o enorme disco voador das
criaturas, que voltam para o espaço interdimensional. Depois de um tempo, Jones
e Marion finalmente se casam. Depois da cerimônia, o vento lança o chapéu de
Jones nos pés de Mutt. Quando este vai colocá-lo na cabeça, Jones o pega,
mostrando que ainda tem fôlego para mais aventuras.
Desenvolvimento
e produção:
Na década de
1970, George Lucas assinou com a Paramount a produção de cinco filmes com
Indiana Jones. Porém, após o lançamento de Indiana
Jones e a Última Cruzada, Lucas não conseguiu pensar numa história que
conseguisse gerar novos filmes, e a cinessérie foi encerrada ali mesmo,
preferindo ele investir na série O Jovem
Indiana Jones (The Young Indiana Jones Chronicles), que mostrava a infância
e adolescência do personagem. Quando Harrison Ford participou de um episódio,
Lucas pensou em uma história ambientada nos anos 1950, tendo como pano de fundo
invasões alienígenas, prestando uma homenagem aos filmes “B” de ficção
científica da referida época – tal qual os demais filmes homenagearam os
seriados de aventura dos anos 1930. Ford detestou essa ideia, bem como Spielberg.
Lucas apareceu em 1994 com um roteiro desenvolvido por Jeb Stuart, onde Jones
está casado, e Josef Stalin quer fazer uma guerra psíquica, onde os vilões
seriam, obviamente, os soviéticos e também alienígenas com poderes paranormais.
O escritor Jeffrey Boam complementou essas ideias, terminando em 1996 – ano de
lançamento de Independence Day. Lucas e Spielberg desistiram da ideia, não
querendo então fazer mais um filme de invasão extraterrestre. Lucas então
resolveu se concentrar nas prequelas da franquia Star Wars.
Em 2000, o
filho de Spielberg perguntou ao pai quando o quarto filme de Indiana Jones
seria feito. Isso despertou em Spielberg a vontade de dirigir um novo filme do
personagem. Encontrando então com Lucas, Ford, e os produtores Frank Marshall e
Kathleen Kennedy durante uma premiação que Ford iria receber, todos ficaram bem
motivados a gravar um novo filme. Lucas conseguiu convencer Spielberg a usar os
aliens no filme, não como sendo “extraterrestres”, mas sim “seres
interdimensionais”. A ideia de incluir a caveira de cristal veio de um episódio
não produzido de O Jovem Indiana Jones.
Entre as várias ideias estavam batalhas climáticas entre o exército americano e
os discos voadores, ex-nazistas protegidos por Juan Perón e Indiana Jones como
um coronel da reserva.
O filme foi
inteiramente gravado nos Estados Unidos, já que Spielberg queria ficar mais
perto de sua família. Ao contrário dos filmes anteriores, este possui quase 450
cenas com CGI, em detrimento dos efeitos práticos. Com as facilidades da época,
os próprios atores poderiam fazer cenas mais arriscadas, que em tempos mais
antigos exigiriam dublês. Harrison Ford e Cate Blanchett chegaram a fazer
algumas dessas cenas mais complexas estando presos a cabos de segurança, que
foram removidos digitalmente na pós-produção. Para recriar digitalmente a
floresta amazônica, uma equipe foi enviada para lá para fotografar as
paisagens, que serviriam de base para os desenvolvedores. O uso de CGI foi tão
intenso que até mesmo as marmotas vistas no começo do filme foram criadas por
computador. A trilha sonora do filme foi assinada novamente pelo grande John
Williams.
Outra grande
preocupação foi sobre como manter o máximo de segredo sobre o filme antes de
seu lançamento, já que, com a internet, ficaria muito fácil para os fãs
descobrirem detalhes importantes sobre o projeto. Uma das medidas foi registrar
na Motion Picture Association of America (Associação
de Cinema dos EUA) cinco títulos falsos: Indiana
Jones and the City of Gods (Indiana Jones e a Cidade dos Deuses), Indiana Jones and the Destroyer of Worlds
(Indiana Jones e o Destruidor de Mundos), Indiana
Jones and the Fourth Corner of the World (Indiana Jones e o Quarto Canto do
Mundo), Indiana Jones and the Lost City
of Gold (Indiana Jones e a Cidade de Ouro Perdida) e Indiana Jones and the Quest for Covenant (Indiana Jones e a Busca
pela Aliança).
O filme foi
um grande sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 700 milhões de dólares
mundialmente (é o filme mais lucrativo da franquia, sem ajustes de inflação),
sendo também muito bem recebido pela crítica. Porém, alguns fãs ficaram
bastante desapontados com algumas cenas que, segundo eles, soam absurdas mesmo
em se tratando de Indiana Jones.
Nossa opinião:
Quando vi
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal nunca tinha visto os filmes
anteriores. Aliás, esse filme já cansou de reprisar em canais pagos, e foi
nessas reprises que o conheci. Meu pai sempre dizia “os antigos eram melhores”,
“por que não passam os antigos?”, “os antigos eram muito melhores”. E pode ter
certeza: se seu pai dizer isso, é porque ele está certo. Mas como sou um filho
desconfiado, resolvi ver os filmes e caí do cavalo quando percebi que ele tinha
razão. Mas isso em nenhum momento quer dizer que o filme em questão é ruim,
porque não é. Como já disse em outras postagens, o importante é ver o contexto
no qual o filme foi produzido. Logo, com um hiato de dezenove anos entre o
terceiro e o quarto filme era natural que inovações acontecessem.
Quanto aos
atores, todos estavam muito bem em seus papeis. Nem parece que se passaram
dezenove anos desde a última vez que Harrison Ford interpretou seu mais famoso
personagem, já que ele não perdeu o jeito em nenhum momento. Agora, quem merecia
um prêmio nesse quesito é Karen Allen, que nos mostra uma Marion Ravenwood tão
independente e forte como em sua primeira aparição, em 1981. Merecia um prêmio
já que ela só interpretou a personagem uma vez antes desse filme, enquanto
Harrison interpretou três vezes. Uma pena não vermos no filme Marcus Brody e o
professor Henry Jones, já que Denholm Elliot faleceu em 1992 e Sean Connery não
quis sair de sua aposentadoria. Porém seus personagens foram lembrados, tendo
falecido em anos anteriores à história do filme. A grande vilã da vez é a
soviética Irina Spalko, interpretada por Cate Blanchett, que fez um belo
trabalho. Já a ideia de dar um filho a Indiana Jones foi um gancho muito bem
sacado para futuros filmes, onde ele poderia ocupar o lugar do seu pai.
Também aqui
situações absurdas marcam presença. Mas o expoente maior disso é aquela
famigerada cena com a geladeira revestida com chumbo, que conseguiu extrapolar
qualquer limite de absurdo, mesmo em se tratando de um filme de Indiana Jones.
Cabe aqui também a perseguição na cidade, terminando com os personagens andando
de moto por dentro da universidade.
Porém, o
filme só não ganha uma nota máxima de nós por causa de seu excessivo uso de
CGI. Várias cenas ficaram muito artificiais por causa dos efeitos especiais,
como Mutt e Spalko lutando com espadas em cima dos carros em plena floresta
(sem contar o absurdo da cena, por si só), embora a reconstrução digital da
floresta amazônica tenha ficado muito bem feita. Ah, e não há formigas siafu na floresta amazônica, elas só são
encontradas na África.
Não há como
negar que o chamariz para esse filme foi a nostalgia. O filme todo tem um ar
nostálgico, o que se pode ver em vários momentos – como na rápida aparição da
Arca da Aliança. E, mesmo que tenha tido uma certa “modernizada”, o filme
consegue cumprir seu objetivo de entreter e enriquecer ainda mais o universo de
Indiana Jones.
Considerações
sobre a franquia:
Quem diria
que um filme que foi feito de uma maneira um tanto despretensiosa, como uma
homenagem aos clássicos de aventura dos cinemas dos anos 1930 se tornaria uma
das franquias mais amadas do cinema? De fato, Indiana Jones conseguiu se
consagrar como um dos personagens mais queridos do cinema, ao ponto de aparecer
em várias listas dos melhores heróis da Sétima Arte. Um herói humano, que
comete erros, toma decisões estúpidas, é mulherengo, sente medo, se mete nas
piores enrascadas, mas consegue se safar sempre, mesmo que às vezes conte
apenas com o acaso para isso.
Surgido das
mentes de George Lucas e de vários escritores e colaboradores que apareceram
pelo caminho na produção dos filmes, Indiana Jones não ficou apenas no cinema.
Uma série de TV chamada O Jovem Indiana
Jones (The Young Indiana Jones Chronicles), que mostrava a infância e a
adolescência do personagem, mostrou o surgimento de vários elementos que
moldariam o caráter e a personalidade de Jones.
Por fim, um
quinto filme do personagem, ainda sem título, está para estrear em 2019,
trazendo novamente Harrison Ford no papel do personagem e Steven Spielberg na
direção. Será o primeiro filme de Indiana Jones feito após a milionária
aquisição da Lucasfilm Ltd. pela Disney, em 2009. Ficaremos no aguardo para ver
o que vem por aí!
Fique agora com algumas imagens!
Pôster original de cinema |
Fotos de bastidores:
George Lucas, Harrison Ford e Steven Spielberg |
Karen Allen e Steven Spielberg |
Da esquerda para a direita: Karen Allen, Ray Winstone, John Hurt, Shia LaBeouf, George Lucas, Steven Spielberg, Harrison Ford e Cate Blanchett |
Críticas e
análises
Cinema em Cena
Boa dica de cinema! Eu adoro o trabalho de Steven Spielberg mas eu recomendo mais o seu trabalho no género de drama. Um dos melhores filmes é The Post. Para mim é um dos melhores do gênero. Mais que filme de drama, é um filme de suspense, todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá. O The Post a Guerra Secreta filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver com os filmes de Steven Spielberg. O filme superou as minhas expectativas, realmente o recomendo.
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